Permanências e ressignificações: o ato de pedir a bênção na comunidade quilombola de Vila Santa Efigênia e Adjacências

  • Ana Julia Ribeiro Vieira de Brito Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Hadassa Rodrigues Dias Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Mário Cléber Martins Lanna Júnior Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
Palavras-chave: Resistência. Quilombos. Compadrio. Bênção.

Resumo

O ato de pedir a bênção está presente em diversas comunidades quilombolas brasileiras, assim como na comunidade Vila Santa Efigênia e Adjacências, localizada na cidade de Mariana, Minas Gerais. Diante disso, busca-se compreender a historicidade dessa prática e suas ressignificações através do tempo, como um costume dos laços de compadrio, que remetem ao período das Minas setecentistas e ainda hoje se faz presente na comunidade. Isso será feito por meio da observação participativa e de entrevistas não estruturadas, pelas quais será analisada a memória coletiva dos sujeitos quilombolas no que tange ao ato de pedir a bênção em seu dia a dia e, a partir da visita às produções historiográficas sobre a temática, procura-se compreender a permanência histórica do ato. 

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Biografia do Autor

Ana Julia Ribeiro Vieira de Brito, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Aluna do 7° período do curso de história da PUC Minas e bolsista do projeto de extensão Lições da Terra: projeto interdisciplinar de direitos étnicos

Mário Cléber Martins Lanna Júnior, Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Doutor em História Social, Mestre e Graduado em História. Professor do Curso de História da PUC - Minas - E-mail: mariolanna@gmail.com.

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Publicado
11-12-2022