Permanências e ressignificações: o ato de pedir a bênção na comunidade quilombola de Vila Santa Efigênia e Adjacências
Resumo
O ato de pedir a bênção está presente em diversas comunidades quilombolas brasileiras, assim como na comunidade Vila Santa Efigênia e Adjacências, localizada na cidade de Mariana, Minas Gerais. Diante disso, busca-se compreender a historicidade dessa prática e suas ressignificações através do tempo, como um costume dos laços de compadrio, que remetem ao período das Minas setecentistas e ainda hoje se faz presente na comunidade. Isso será feito por meio da observação participativa e de entrevistas não estruturadas, pelas quais será analisada a memória coletiva dos sujeitos quilombolas no que tange ao ato de pedir a bênção em seu dia a dia e, a partir da visita às produções historiográficas sobre a temática, procura-se compreender a permanência histórica do ato.
Downloads
Referências
ANDRADE, Lúcia; TRECCANI, Girolamo. Terras de quilombo. In: LARANJEIRA, Raimundo. Direito Agrário Brasileiro. São Paulo: LTR, p. 595-656, 2000.
BARROS, José D’Assunção. História e memória–uma relação na confluência entre tempo e espaço. Mouseion, Canoas, v. 3, n. 5, p. 35-67, 2009. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/documentos/documentos/Mouseion/Vol5/historia_memoria.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
ARAGÃO, Fernanda et al. A Tradição da Benção Em Salvador. In: Revista Intercon, p. 1-6 2011. Disponível em: http://intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2011/expocom/EX28-0390-1.pdf Acesso em 28 de nov. 2022.
BRÜGGER, Silvia Maria Jardim. Compadrio e Escravidão: uma análise do apadrinhamento de cativos em São João del Rei, 1730-1850. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 14., 2004, Caxambu. Anais [...]. ABEP, 2004. p. 1-21. Disponível em: http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/1339/1303. Acesso em: 25 maio 2022.
CRIVELENTE, Maria Amélia Assis Alves. Escravos e Compadres: estratégias cativas na pia batismal, Mato Grosso - 1824-1871. Fênix-Revista De História E Estudos Culturais, Uberlândia, v. 6, n. 4, p. 1-12, 2009. Disponível em: https://revistafenix.emnuvens.com.br/revistafenix/article/view/224. Acesso em: 13 jun. 2022.
HOLANDA, Sérgio Buarque de et al. História geral da civilização brasileira: A época colonial. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. v. 2.
LEITE, Ilka Boaventura. O projeto político quilombola: desafios, conquistas e impasses atuais. Revista Estudos Feministas, v. 16, n. 3, p. 965-977, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/PkRZPC6gwHRkLMMKkPxCvyd/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14 de jun. 2022.
MAIA, Moacir Rodrigo de Castro. O apadrinhamento de africanos em Minas Colonial: o (re) encontro na América (Mariana, 1715-1750). Afro-Ásia, Salvador, n. 36, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21141. Acesso em: 14 jun. 2022.
MAIA, Moacir Rodrigo de Castro. Tecer redes, proteger relações: portugueses e africanos na vivência do compadrio (Minas Gerais, 1720-1750). Topoi (Rio de Janeiro), v. 11, p. 36-54, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/topoi/a/pBKPP68HxbqPRVsbgQ67xCr/abstract/?lang=pt. Acesso em: 14 de jun. 2022.
MÓNICO, Lisete. et al. A Observação Participante enquanto metodologia de investigação qualitativa. Atas - Investigação Qualitativa em Ciências Sociais, Aveiro, v. 3. p. 724-733, 2017. Disponível em: https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2017/article/view/1447/1404. Acesso em: 14 jun. 2022.
NACIF, Paulo Cesar Miranda. Padrinhos, afilhados e compadres: apontamentos sobre o parentesco espiritual contraído pelo ritual católico do batismo no âmbito do Antigo Regime. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 27., 2013, Natal. Anais [...]. ANPUH, 2013. p. 1-16. Disponível em: https://snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364763431_ARQUIVO_anpuh-paulocezarmirandanacif.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
NACIF, Paulo Cezar Miranda. Diante da pia batismal: as alianças de compadrio em Minas Gerais durante o período colonial. 192 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/14910/Dissert-paulo-cezar-miranda-nacif.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 13 jun. 2022.
ODETTI, Cecilia Angela; MAGALHÃES, Lívia Diana Rocha; TIRIBA, Lia. Historicizar a experiência: ensaio sobre seus fundamentos teórico-metodológicos. Society and Development, Vargem Grande Paulista, v. 10, n. 4, p. 1-9, 2021. Disponível em:https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13882. Acesso em: 13 jun. 2022.
O'DWYER, Eliane Cantarino. Quilombos: identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001.
PAIVA, Eduardo França. Escravidão e universo cultural na colônia: Minas Gerais, 1716-1789. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=1PlJQ2EhtMEC&oi=fnd&pg=PA19&dq=constitui%C3%A7%C3%A3o+das+rela%C3%A7%C3%B5es+dos+escravos+nas+minas+gerais&ots=i1i_Ru1EgX&sig=6foulf8uBhMsIBVyxzjhi6CFZJc&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 25 maio 2022.
PERUZZO, Cicilia Maria Krohling. Pressupostos epistemológicos e metodológicos da pesquisa participativa: da observação participante à pesquisa-ação. Estudios sobre las Culturas Contemporáneas, Colima, v. 23, n. 3, p. 161-186, 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/316/31652406009/31652406009.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Revista estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2278. Acesso em: 14 jun. 2022.
UBERTI, Hermes Gilber. “A bênção que se pede a bênção que se dá”: a prática do compadrio e algumas redes sócio-familiares de Randolpho José da Silva Pereira. In: ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA, 10., Santa Maria. Anais [...]. Santa Maria: UFSM; UNIFRA, 2010. Disponível em: http://www.eeh2010.anpuh-rs.org.br/resources/anais/9/1273791118_ARQUIVO_ANPUH-SM.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
VIDAL, Frédéric. As relações de compadrio na cidade: tradição ou rede? Ler História, Lisboa, n. 46, p. 223-238, 2004. Disponível em: https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/14658/1/artig.LH.vidal.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
Copyright (c) 2022 Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) (co)autor(es) responsabiliza(m)-se pelo ineditismo do texto submetido (sanções possíveis por plágio são de sua inteira responsabilidade) e atribuem a Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão a autorização para a publicação deste. O(s) (co)autor(es) assume(m) que este texto não se encontra publicado em nenhum outro veículo, bem como não se encontra em análise, para publicação, em outro periódico.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.