O ateliê de produção de cordéis em busca do humano e da humanidade

prática de extensão com as recuperandas da associação de proteção e assistência ao condenado (APAC) em Belo Horizonte

  • Adauci de Morais Silva PUC Minas
  • Robson Figueiredo Brito PUC Minas
Palavras-chave: extensão universitária, ateliê de cordéis, literatura

Resumo

Este artigo apresenta e descreve uma experiência de prática de extensão desenvolvida no Programa APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) da Proex (Pró-reitoria de Extensão) da PUC Minas singularmente desenvolvida no Projeto “Em busca do Humano e da humanidade” sob a reponsabilidade do Curso de Filosofia. Esse projeto atua na APAC feminina, quinzenalmente, para trabalhar de forma dialógica, a reflexão e o aprofundamento de questões da realidade humana, sociocultural e sóciodiscursiva e religiosa na contemporaneidade com as recuperandas que estão em cumprimento de pena no regime semiaberto. Esse trabalho concretiza-se por meio da construção de um ateliê de cordéis com as recuperandas que participam do projeto. A ideia de produção do ateliê de cordéis está ligada à criação do Lepppai (Laboratório de extensão, práticas, pesquisas, publicações acadêmicas e internacionalização) da Proex que tem por expertise gerar práticas investigativas e de extensão por meio de ateliês que englobem oficinas relacionadas às metodologias ativas de ensino, pesquisa e extensão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adauci de Morais Silva, PUC Minas

Bacharel em Filosofia, graduando em Teologia pela PUC Minas, extensionista do Projeto Em busca do Humano e da Humanidade na APAC feminina em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Robson Figueiredo Brito, PUC Minas

Filósofo, Psicólogo Clínico, Doutor em Linguística e Língua Portuguesa, Professor Adjunto II do Departamento de Filosofia, coordenador do Lepppai (Laboratório de Extensão, Prática, pesquisas, Publicações Acadêmicas e Internacionalização) da Proex, Coordenador de Extensão e do Projeto Em busca do Humano e da Humanidade do curso de Filosofia, PUC Minas.

Referências

ALBUQUERQUE JR. Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL, Instituto do Patrimônio Artísitico Cultural http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/4833/literatura-de-cordel-e-reconhecida-como-patrimonio-cultural-do-brasil - Acessado em 22 de abril de 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução 510/2016. 07 abr. 2016. Diário Oficial da União. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 24 maio 2016.

BRITO, Robson Figueiredo; MOREIRA, Izabela Silva . Rodas de conversa no programa APAC: interações com as recuperandas no sistema de justiça restaurativa em minas gerais experiência de extensão universitária. In: Luciano Mendes Saraiva, Wilder Kleber Fernandes de Santana. (Org.). Educação e Práticas interdisciplinares: Linguagens e Diálogos. Vol. 2. 01ed.São Carlos: Pedro & João Editores, 2023, v. 2, p. 01-382.

BRAIT, Beth. Análise e Teoria do discurso. In: Brait, Beth. Bakhtin outros conceitos chave. São Paulo, Contexto, 2018 p. 09-33


DURÃO, Fabio Akcelrud. Metodologia de Pesquisa em Literatura. São Paulo: Parábola, 2020.

GUIMARÃES, L. Ribeiro; MEDEIROS, N. M. Jorge. A LEITURA LITERÁRIA E A MULHER PRIVADA DE LIBERDADE: um estudo realizado na APAC feminina de Governador Valadares. – Centro Cultural de Exposições Ruth Cardoso, Maceió – AL, 2020.

HANKS, William F. Língua como Prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008.

JUNIOR, Pedro Borges Pimenta. Retirando a leitura e a escrita do pedestal: experiências de remição pela leitura na APAC – Januária. - LínguaTec, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Bento Gonçalves v. 7, n. 1, p. 237-248, jun. 2022.

QUEIROZ, Doralice Alves. MULHERES CORDELISTAS - Percepções do universo feminino na Literatura de Cordel, Tese de Mestrado apresentado a Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte, 2006.

MACEDO, Maria S.A. Nunes. A Função da Literatura na Escola: resistência, mediação e formação leitora. São Paulo: Parábola, 2021.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARINHO, A. C.; PINHEIRO, H. O cordel no cotidiano escolar: São Paulo: Cortex, 2012.

PINHEIRO, H. Poesia na sala de aula. Campina Grande: Bagagem, 2007.

PAZ, O. O arco e a lira. Tradução Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty, 1942. Pode o Subalterno falar?; Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

TAVARES JÚNIOR, Luiz. O mito na literatura de cordel. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1980.
TEZZA, Cristóvão. Poesia. In: Brait, Beth. Bakhtin outros conceitos chave. São Paulo, Contexto, 2018 p 195-218
VOLÓCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. Trad. Sheila Grilo e Ekaterina Vólkova Américo, São Paulo, Editora 34, 2017 .
XAVIER, M. S. C.; Tesouro redescoberto: a riqueza do folheto em verso. João Pessoa: Editora universitária, 2002.
Publicado
05-07-2024