Cartografias do jornalismo: do parapeito da janela antiga à tela cibernética

  • Jeana Laura da Cunha Santos Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

 

Este artigo, que utiliza como protocolo metodológico uma pesquisa de natureza teórica, discute os novos modos de produção do jornalismo no Brasil confrontando os saberes e fazeres do trabalho jornalístico do passado com o presente, sem deixar de considerar as janelas que se abrem para futuras tendências na prática profissional a partir de novas configurações temporais e espaciais pautadas por uma lógica de rede, de fluxo. Para tanto, subdivide-se em três sessões. A primeira, a partir de uma revisão histórica pautada na ocupação das ruas pelos nossos primeiros jornalistas, analisa o que acontece com o profissional quando o espaço urbano perde cada vez mais sua realidade geopolítica em substituição aos sistemas tecnológicos de deportação. A segunda desvela como, a partir desta nova configuração do tempo e do espaço, morfologias inéditas do trabalho são engendradas, como o uso intenso de bases de dados e a interação permanente com múltiplas fontes e com o público, sobretudo a partir das redes sociais. E, por fim, a última sessão procura discutir quais os efeitos para o labor e para a vida mental do profissional quando, de um universo offline na produção da notícia, passa-se a um permanente exercício do online. O objetivo é refletir sobre as condições de trabalho do jornalista de hoje, buscando na escrita do jornalista do passado indícios de sua experiência pioneira com o tempo, com o espaço e com o seu ofício. Espera-se que tal estudo contribua para ampliar as bases teóricas e epistemológicas no campo do Jornalismo e reflita sobre a prática, a saúde e a vida mental deste profissional.

 

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Publicado
02-02-2016
Como Citar
DA CUNHA SANTOS, J. L. Cartografias do jornalismo: do parapeito da janela antiga à tela cibernética. Dispositiva, v. 4, n. 1, p. 21-34, 2 fev. 2016.
Seção
Tendências do jornalismo em países de língua portuguesa