A (não) noticiabilidade da CPLP no Brasil:Jornalismo, memórias e identidades
Resumo
Discutimos como memória, história e identidades atravessam sutilmente o jornalismo. Partimos da compreensão de que o jornalismo é agente de memória e que busca, tanto no passado quanto na projeção, sentidos inteligíveis do mundo (Zelizer, 2008). Se o lembrar e o esquecer são resultados de tensões a ganhar à superfície entre as notícias, discutimos em que medida eles aparecem ou não abrigados nos critérios do noticiável. Ao se investigar os registros nos jornais nos jornais brasileiros Folha de S. Paulo e O Globo sobre a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), nos dez primeiros anos dessa entidade, percebemos a sua "não-noticiabilidade", marcada por silenciamento, por uma memória ocultada, em que o Brasil busca não ser associado a uma comunidade de países majoritariamente pobre e negra.
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