Cores na cobertura
O colorismo como desafio à representatividade no jornalismo esportivo
Resumo
O presente artigo tem como objetivo investigar se a ausência de mulheres negras de pele retinta no telejornalismo esportivo do Brasil pode ser resultado da ação do colorismo. Para isso, foi realizada uma análise de imagem descritiva de sete mulheres negras que atuam no meio, tendo como aporte o conceito de transcodificação de Johanna Smit (2024). O embasamento teórico sobre o colorismo foi feito por meio das autoras Juliana Góes (2022) e Alessandra Devulsky (2021). Além de autores como Grada Kilomba (2019) e Franz Fanon (2008), que possibilitaram as discussões sobre a subjetividade das pessoas negras. A partir desse movimento percebemos vestígios de que o colorismo pode afetar a inserção da mulher negra de pele retinta no jornalismo esportivo.
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Referências
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