VARIÁVEIS EXPLICATIVAS DA ATITUDE DE CONSUMO DE CRÉDITO

Resumo

Embora consolidada no âmbito da microeconomia tradicional, a hipótese de que o ponto ótimo do consumidor acontece quando a reta orçamentária tangencia a curva de indiferença mais distante da origem, não consegue explicar os níveis de consumo observados na economia brasileira no intervalo de tempo compreendido entre 2003 e 2014, uma vez que o crescimento exponencial do consumo foi principalmente calcado em consumo de crédito para aquisição de bens duráveis, em lugar da renda disponível, como postula a microeconomia tradicional. Nesse contexto, o presente trabalho propõe estudar a adequação do modelo ABC das atitudes como escala para medir a atitude do consumo de crédito no mercado brasileiro, utilizando regressão logística enquanto ferramenta estatística para tratamento dos dados. Para tanto, foi utilizada a base de dados de Barros (2015), cujo estudo, fundamentado no modelo de Pattarin e Cosma (2012), realizou pesquisa de survey, com amostra de conveniência constituída por 410 respondentes na cidade do Rio de Janeiro. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário estruturado, com respostas em escala Likert, acrescido de uma questão dicotômica, a qual corresponde, no presente estudo, à variável dependente referente à contração de crédito. Os resultados corroboraram os gerados por Barros (2015), indicando que o aludido modelo exibe potencial para predizer a decisão de contratação de crédito para consumo.