Os benefícios da rede de balanço em incubadoras utilizadas em recém-nascidos na UTI neonatal: uma estratégia de humanização

  • Lígia Herrera Lino Faculdade de Medicina do ABC.
  • Patricia Granja Coelho Universidade do Grande ABC.
  • Fernando Luiz Affonso Fonseca Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Rosangela Filipini Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Palavras-chave: Recém-Nascidos. cuidado da criança. UTI Neonatal. Humanização.

Resumo

As redes de balanço dentro de incubadoras é um novo método que visa melhorar a qualidade da recuperação dorecém-nascido caracterizando-se como um atendimento humanizado dentro de uma Unidade de Terapia IntensivaNeonatal. O presente estudo objetivou avaliar o estado clínico de recém-nascidos internados em Unidade de TerapiaIntensiva Neonatal que utilizaram a rede de balanço dentro da incubadora. Trata-se de um estudo exploratório,descritivo, com coleta de dados primários mediante um questionário semi-estruturado e escala de nível de estressepara avaliar os recém -nascidos. O processamento e análise dos dados foram realizados por meio do software EpiInfo 6.0, com nível de significância em 5%. A idade gestacional média foi de 36 semanas e a média de peso 2.403g,58,3% dos recém-nascidos eram do sexo feminino. O ganho ponderal dos bebês com menos dias de vida foi menor eaqueles com mais dias de vida ganharam peso, estatisticamente significante (p = 0,043). Não houve diferenças naFrequência Cardíaca e Saturação de O2 com ou sem uso da rede de balanço. A média do escore de estresse foimelhor com o uso da rede de balanço. Esta prática de humanização no cuidado com o recém-nascido pode favorecera redução do estresse no bebê em Unidade de Terapia Intensiva, além do mais, o período de adaptação fisiológica e amanutenção dos sinais vitais do recém -nascido não são prejudicados pelo uso de rede de balanço em incubadora.Assim, recomenda-se que o uso da rede de balanço seja utilizado nas Unidade de Terapia Intensiva Neonatal comoestratégia de humanização, em razão de seus benefícios e por não prejudicar a situação clínica do recém-nascido.

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Biografia do Autor

Lígia Herrera Lino, Faculdade de Medicina do ABC.
Enfermeira, Curso de Especialização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal – Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP.
Patricia Granja Coelho, Universidade do Grande ABC.
Possui graduação em Ciências Biológicas Licenciatura e Bacharelado (2006) pela Universidade do Grande ABC. Mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC FMABC (2012). Atua como docente na Empresa SENAC no Cursos de Saúde e Bem Estar. Atuou no Instituto Paulista de Ensino em Saúde de São Paulo (IPESSP) nos Cursos de Especialização em Análises Clínicas (Lato-sensu) e Hematologia Laboratorial (Lato-sensu). Experiência de 11 anos em Laboratório de Análises Clínicas.
Fernando Luiz Affonso Fonseca, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Possui o pós doutorado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa (IIEP-HIAE) concluído em 2009 e pós doutorado pelo Roche Center for Medical Genomics (Basel-Suiça) Hoffman - La Roche concluído em 2006 e o Doutorado em Medicina (Hematologia) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2005), é Farmacêutico-Bioquímico com habilitação em análises clínicas pela Universidade Paulista (2001). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal de São Paulo do Campus Diadema, Coordenador do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC e Professor do Curso de Ciências Farmacêuticas e de Gestão em Saúde Ambiental da FMABC, além de ser Orientador Permanente do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde da FMABC. Tem experiência na área de Farmácia-Bioquímica, com ênfase em análises clínicas: bioquimica clínica, hematologia, biologia molecular de neoplasias e saúde publica. Atua na área de pesquisas laboratoriais em saúde pública.
Rosangela Filipini, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Possui graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981), mestrado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (2000) e doutorado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (2005). Atualmente é Coordenadora do curso de enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC. Tem experiência na área de Enfermagem, Saúde Pública, com ênfase na saúde da criança e gestão em educação.

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Publicado
13-04-2015
Seção
ARTIGOS/ARTICLES