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César Teixeira Caslho ESPORTE E PODER: UMA PERSPECTIVA GEOPOLÍTICA CONTEMPORÂNEA
Resenha da obra:
GUÉGAN, Jean-Baptiste. Géopolitique du sport: une autre
explication du monde. Paris : BREAL, 2ª Edição, 2022, 200p.
ESPORTE E PODER: UMA PERSPECTIVA
GEOPOLÍTICA CONTEMPORÂNEA
César Teixeira Castilho1
DOI: 10.5752/P.2317-773X.2023v11n1p127-131.
Recebido em: 05 de janeiro de 2023
Aprovado em: 16 de novembro de 2023
“Phénomène de masse, étendu de nos jours à l’ensemble
de la planète, traversé par toutes des idéologies du siècle,
indicateur de la puissance et du déclin des nations, tantôt
vélateur, tantôt manipulateur du sentiment public,
substitut de la guerre et instrument de diplomatie, le
sport est au centre de la vie internationale. Mais c’est aussi
une composante, un reet de la vie internationale et un
moyen de la politique étrangère.”2 (Berstein, 1984, n.p).
O lobby para a obtenção do direito de sediar os megaeventos sem-
pre esteve repleto de proposições inerentes às agendas políticas em amál-
gama ao campo esportivo (Bourdieu, 1994; 1998). Destaca-se o período da
Guerra Fria (1947-1991) e seus inúmeros boicotes olímpicos3 , bem como
as escolhas controvérsias recentes das sedes dos Jogos Olímpicos (JO) de
Verão e Inverno e da Copa do Mundo (CM) de Futebol Masculino FIFA
(Castilho; Marchi Jr., 2021; Castilho, 2016; Gounot, 2008). Deste ponto de
vista, os argumentos de Pascal Boniface4 (2016; 2017), atual diretor do
Instituto de Relações Internacionais e Estratégias de Paris (IRIS-France),
têm permitido evidenciar esta conivência de interesses e, concomitan-
temente, esquadrilhar o desporto como um mecanismo de poder, uma
espécie de promotor de uma nova ordem mundial. Na esteira dessas aná-
lises teóricas, já perceptível no título do livro em questão “Géopolitique du
sport: une autre explication du monde5 , Jean-Baptiste Guégan nos evoca es-
pontaneamente oAtlas du sport mondial6 de Loïc Ravenel, Pascal Gillon
e Frédéric Grosjean, que constitui o verdadeiro primórdio ilustrado, de-
vidamente cartografado, da relação entre fronteiras – ou para além de-
las – do campo esportivo mundial. A complementariedade entre as duas
obras é óbvia, notadamente no que diz respeito às conexões do desporto
com outros ramos da sociedade, tais como: economia, cultura, política,
diplomacia ou mesmo religião. Destarte, pode-se armar que o esporte
1. Professor Adjunto da EEFFTO/UFMG;
Professor Visitante da Université de
Paris-Sud (Paris 11) - Mestrado em “Ma-
nagement du Sport: Politiques Publiques
et Stratégies des Organisations”;
Pós-Doutor “Estudos do Lazer” (EEFFTO/
UFMG); Pós-Doutor “Sociologia” (UFPR);
Doutor em “Sciences du Sport et du
Mouvement Humain” (Université de
Paris 11); Título de Doutor Reconhecido
pela EEFE-USP “Doutor em Educação
Física e Esporte” na área de “Estudos
Socioculturais e Comportamentais da
Educação Física e Esporte”; Mestrado
em Teorias do Lazer (EEFFTO-UFMG);
Especialização em “Fisiologia do
Exercício” (FM-USP); Aperfeiçoamento
em “Reabilitação Cardíaca” (EEFE-USP);
Graduação Plena em Educação Física
(EEFFTO-UFMG); Pesquisas voltadas
para a Saúde Coletiva; Geopolítica do
Esporte; Psicologia do Esporte; Estudos
do Lazer; Sociologia do Esporte; Meto-
dologia e Métodos de Pesquisa.
2. “Um fenômeno de massa, que se esten-
de nos dias atuais a todo o planeta, per-
meado por todas as ideologias do século,
indicador do poder e declínio das nações,
às vezes revelador, às vezes manipulador
do sentimento público, substituto da guerra
e instrumento de diplomacia, o esporte
ocupa o centro da vida internacional. No
entanto, ele também é uma componente,
um reflexo da vida internacional e um meio
da política externa.” (Tradução do autor).
3. No decorrer das edições dos Jogos
Olímpicos (JO) de 1952, em Helsinque, e
1988, em Seul, diversos boicotes se pro-
duziram como forma de retaliação entre os
dois blocos políticos dominantes na época,
um deles liderado pelos Estados Unidos da
América (EUA), e o outro pela então União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS). Entre os mais significativos estão
os JO de 1980, sediado em Moscou, ca-
pital da URSS, quando mais de cinquenta
nações se retiraram da competição (entre
elas os EUA) após a invasão do Afeganis-
tão pelos soviéticos em 1979; e, nos JO
de 1984, com sede em Los-Angeles (EUA),
quando cerca de quinze nações boicotaram
as Olimpíadas, alegando falta de seguran-
ça, mas, igualmente, como resposta frente
ao boicote americano quatro anos antes.
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transcende a mera competição, superando a dicotomia entre vitória e der-
rota. Em sua qualidade de domínio especíco, o esporte representa uma
microcosmia da sociedade, exibindo singularidades, desaos e triunfos
próprios. Ele se enraíza profundamente no tecido social e reete sua di-
nâmica intrínseca.
As notas introdutórias e o primeiro capítulo – intitulado Qu’est-ce
que le sport”7 – da obra de Guégan fazem eco ao subtítulo da obra supra-
citada – “Business et spectacle: lidéal sportif en jeu8 – uma vez que os his-
toriadores e o jornalista investem no esporte por meio de seus excessos
econômicos e midiáticos, percebidos tanto positivamente (através do seu
potencial agregador), como negativamente (naquilo que envolve o custo
e os sarios exorbitantes). Sem se apoiar explicitamente no campo da
geograa, as primeiras páginas pretendem sobretudo retratar as repre-
sentações do desporto prossional nas sociedades, passando rapidamente
de um campo a outro. Este primeiro capítulo, “esperado” nas ciências que
tratam da temática esportiva, não traz grandes novidades, sendo apresen-
tado como uma forma de síntese dos principais esportes em termos de
participantes, audiências e receitas nanceiras. Ou seja, uma espécie de
raio X, com especial ênfase ao caráter polissêmico e complexo do fenô-
meno esportivo. Ao término desse catálogo das práticas, Guégan elabora
uma lista de elementos constitutivos de uma grade de leitura, composta
por atores, performances, organizações, governanças, cargos, políticas de
desenvolvimento, estratégias de inovação, permitindo uma “explicação
diferente” do mundo (p. 77-78). Esta interpretação é mais manuseada nos
dois outros capítulos, decididamente mais orientados para o campo da
geograa, em um primeiro momento (capítulo 2 – “Que représente le sport
aujourd’hui en France et dans le monde en termes de pratiques et d’importance
économique”9 ), do que especicamente para a geopolítica, em um instante
posterior (capítulo 3 – “Quest-ce que la géopolitique et pourquoi l’appliquer au
sport?”10 ).
Após a reconstrução do nascimento do esporte11 , o segundo ca-
pítulo chancela uma verdadeira mudança de direção por meio de uma
abordagem mais geográca, na qual uma conguração espacial do espor-
te se apresenta ao leitor (p. 90-101). De fato, o autor retoma, reformula e
atualiza as principais obras teóricas dos geógrafos do desporto, em parti-
cular a contribuição de Jean-Pierre Augustin, publicada em 1995, intitu-
lada “Sport, géographie et aménagement12 . Destaca-se as alises dedicadas
ao rúgbi e ao ciclismo, particularmente instrutivas no que tange à atual
evolução dessas duas modalidades e às suas crescentes globalizações13 .
Vale ressaltar que as investigações sobre futebol, esporte já consagrado,
acabam sendo protagonistas na maioria das obras esportivas, apartando
outras modalidades essenciais das alises geopolíticas.
Enm, o terceiro capítulo, cuja potência nos leva à considera-lo
como o coração da obra. Dois eixos estruturam-no: i) o desporto visto
como uma competição entre Estados-Nações, onde o campo de jogo trans-
forma-se em campo de batalha simbólico; e ii) o desporto para além das
quatro linhas, espaço disputado pelo mercado, pela imagem, pelo bran-
ding, onde o papel das potências extranacionais (empresas, patrocínios,
mídia) se faz cada vez mais coexistir. Mediante uma espécie de resenha
7. “O que é o esporte.” (Tradução do
autor).
8. “Negócios e espetáculo, o ideal
esportivo em jogo.” (Tradução do autor).
9. “O que representa o esporte atual-
mente na França e no mundo em termos
de prática e importância econômica?”
(Tradução do autor).
10. “O que é a geopolítica e por que
aplicá-la ao esporte?” (Tradução do
autor).
11. Segundo a Carta Europeia do
Esporte (Charte européenne du sport),
adotada em 24 de setembro de 1992,
e revisada em 2001, o esporte reúne
todas as formas de atividades físicas e
esportivas, através de uma participação,
organizada ou não, que possuem como
objetivo a expressão e a melhoria de
condição física e psíquica, o desen-
volvimento das relações sociais ou a
obtenção de resultados em competição
de todos os níveis. (CHARTE EUROPÉEN-
NE DU SPORT, 2001).
12. “Esporte, geografia e organização”.
(Tradução do autor).
13. Quanto à globalização, é importante
sublinhar, como relatado pelo Prof.
Richard Giulianotti (2004; 2011), a ne-
cessidade de evitar uma visão ingênua
do potencial inato do esporte para o
bem, considerando a relação histórica
do esporte com formas de colonialismo
e neocolonialismo. O autor destaca a
importância de análises sociológicas
críticas sobre o papel do esporte na
consecução de objetivos sociais, como a
resolução de conflitos ou a reabilitação
social dos traumatizados. Ele argumenta
que o esporte pode trazer benefícios
significativos em contextos difíceis,
desde que os projetos de desenvol-
vimento se baseiem em um diálogo
significativo com os grupos receptores
e sejam acompanhados por políticas
mais diretas para aliviar doenças, fome,
guerra e migração forçada.
6. “Um altas do esporte mundial.”
(Mascarenhas, 2011).
5. “Geopolítica do esporte: uma outra
explicação do mundo”. (Tradução do
autor).
4. Pascal Boniface é considerado como
um dos primeiros autores franceses
a analisar os fatores geopolíticos no
campo esportivo. Entre outras obras, é
autor do clássico JO Politiques: Sport
et relations internacionales, publicado
em 2014.
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de imprensa, Guégan empreende um tour mundial pelos acontecimen-
tos de maior destaque na história do esporte, bem como seus eventos
atuais (aparelhamento do esporte pelo Qatar14 , investimento massivo dos
BRICS, construção e reconstrução dos equipamentos esportivos, recupe-
ração política dos resultados, custos dos Jogos Olímpicos, entre outros),
que por vezes pode ser labiríntico, mas que acaba por denir uma ver-
dadeira leitura geopolítica crítica, e verdadeira, através do desporto nas
relações internacionais. O esporte pode servir como uma plataforma re-
veladora das dimicas das relações internacionais, onde se manifestam
tanto as oposições quanto as composições, bem como suas estruturas e
os principais agentes envolvidos. Através dessa manifestação, as nações se
apresentam à comunidade internacional, exibindo suas convergências e
divergências. Dentro desse contexto, é possível considerar as concepções
de soft power e soft disempowerment, teorias discutidas por Brannagan e
Giulianotti (2014), no contexto da CM de Futebol FIFA de 2022 no Qatar,
que permearam todo o processo de organização desse evento esportivo
de grande magnitude. (Brannagan; Giulianotti, 2014).
Na sua conclusão, partindo de uma referência e uma citação
de Malraux, segundo a qual o desporto passaria a substituir a religião,
Guégan multiplica seus principais referenciais teóricos (apoiando-se em
Marcel Mauss, Nobert Elias e Eric Dunning)15 , atribuindo ao esporte,
aqui compreendido como “fato social total16 , a incumbência genuína de
chave para a compreensão do mundo” (p. 288). Desse crivo, retém-se
o trecho original sobre as “três ssuras” (trois travers) que prejudicam o
esporte contemporâneo, prova adicional, se necessário, da capacidade de
Guégan para examinar o assunto com meticulosidade e paixão, inclusive
tornando visível de forma precisa aquilo que ainda permanece obscuro
ou incompreensível no campo esportivo. (p. 290).
Na parte nal do livro, lamenta-se a velocidade excessiva de algu-
mas análises não menos atraentes. Neste ponto, seria de bom grado que o
ritmo na interpretação do fenômeno do esporte moderno fosse próximo
de uma corrida de meia disncia, e não de um sprint de 100 metros. Isto
posto, a procura pelos entroncamentos do esporte na modernidade, no
momento presente, e suas interlocuções, não se reduz inteiramente ao
exercício de antever o “deporto de amanhã, ou “aquilo que estar por
vir”, sobretudo no e-sport, ainda que várias vezes referido na obra, ou
nos novos “players” da internet, vulgarmente reunidos sob a sigla GAFA
(Google, Apple, Facebook e Amazon). Embora o autor tenha captado perfei-
tamente os contornos do esporte atual, apreciá-lo-íamos a leitura de uma
reexão mais densa sobre tais questões. Todavia, como o objetivo central
de Guégan é “[...] mostrar tudo o que a geopolítica pode aportar para a
compreensão do esporte contemporâneo e seus dlogos de força” (p. 70),
torna-se penoso atribuir-lhe qualquer crítica a esse respeito.
Quanto à forma, pode-se deplorar o uso cartográco limitado (so-
mente seis guras ao longo da obra), e por vezes a presença de passagens
mais anedóticas, onde a “esportelia” do autor acaba comprometendo al-
gumas passagens que poderiam ser mais críticas e argumentativas, dois
pontos negativos que em nada desvalorizam a qualidade geral do con-
teúdo. A este propósito, destaca-se o minucioso trabalho de síntese e de
14. O Emirado do Qatar vem investindo
no setor esportivo há pelos menos
vinte anos, para além dos megaeventos
esportivos. Entre os torneios organiza-
dos pelo pequeno país do Golfo Pérsico
nas duas últimas décadas, destaca-se
o Campeonato Mundial de Atletismo
Indoor (IAAF), em 2010, o Campeonato
Mundial de Ciclismo de Estrada (UCI),
em 2016, o Campeonato Mundial de
Ginástica Artística (FIG), em 2018, e,
como cereja do bolo, a Copa do Mundo
de Futebol Masculino FIFA em 2022.
(Castilho; Marchi Jr., 2021, p. 7).
15. Segundo Nobert Elias e Eric
Dunning (1986), na introdução do
livro “Sport et Civilization, la violence
maîtrisée”, “o conhecimento o esporte é
a chave do conhecimento da socieda-
de”. Outra importante contribuição dos
autores para o campo esportivo, em
diálogo com o processo de civilização,
trata-se do livro “A Busca da Excitação”
publicado em 1992.
16. Segundo Mauss, a noção de “fato
social total” implica a compreensão de
que em qualquer realização do homem
podem ser encontradas as dimensões
sociológicas, psicológicas e fisiológicas
(Mauss, 2003).
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inventariação, além das fontes e dados atualizados (perceptíveis por meio
da bibliograa anteposta), bem como as reexões pessoais do autor que
permeiam o estudo, com interessantes contributos, sobretudo naquilo
que evoca o esporte enquanto instrumento de poder. As centenas de qua-
dros elaborados por Guégan, ao longo dos quais destacam-se citações aca-
dêmicas, relatos de treinadores e de atletas, políticos e guras públicas,
jornalistas e escritores, assim como referências mundiais nas denições
e noções conceituais na área da geopolítica. Tais aspectos, fazem da obra
um rico elemento de contextualização, igualmente acessível para os não
iniciados na temática, instigando novas perspectivas e estudos por vir.
Explicar o desporto, compreender o seu peso econômico, decifrar
o mundo através do esporte: este é sem dúvidas o formidável exercício
empreendido pelo autor Jean-Baptiste Guégan. Não se furtando da ana-
logia esportiva, trata-se de uma espécie de triátlon, onde é preciso ser
bom em três diferentes modalidades – áreas do conhecimento – sob o
risco de arruinar o resultado nal. Ou seja, Guégan se demonstra apto na
conuência de teorias por meio de um trabalho equilibrado e versátil sem
se abster da sua paixão que se faz igualmente presente. Se, por um lado,
este livro não se destina especicamente aos especialistas do campo, em
outras palavras, os estudiosos da geopolítica do esporte; por outro lado,
converte-se em uma obra obrigatória para aqueles que desejam conhecer
em primeira mão a complexidade do campo esportivo e suas interlocu-
ções com as relações internacionais e a geopolítica.
Pier Paolo Pasolini, grande entusiasta do esporte (Castilho;
Cornelsen; Guimarães, 2022), já nos alertava quanto à necessidade de lan-
çar um olhar lúcido e crítico sobre o assunto: “O esporte é um fenômeno
civilizatório tão importante que não deve ser ignorado, nem negligencia-
do, pela classe dominante e pelos intelectuais”. (Pasolini, 2012, p. 32). O
esporte ocupa atualmente, no espaço público internacional, um lugar de
magnitude sem precedentes em relação ao que já ocupou no passado. A
globalização, que encurta as distâncias e o tempo, proporcionou-lhe uma
visibilidade ampliada. Dessa forma, o esporte acelerou e ampliou os efei-
tos da globalização, ao mesmo tempo em que contribuiu para conferir-
-lhe uma dimensão humana. Para além das emoções, do prazer, das ale-
grias e das esperanças, o esporte também se insere na esfera geopolítica.
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