Elementos de terras raras como instrumento de Smart Power da China
Resumo
Este texto analisa as estratégicas que norteiam a política de poder chinesa em relação ao monopólio e exploração dos Elementos de Terras Raras (ETR). O termo “terras-raras” corresponde à dificuldade e ao custo de sua extração e não à escassez desses elementos. Esses insumos constituem-se como um grupo de 17 elementos químicos utilizados em áreas estratégicas por meio da fabricação de produtos high tech, cujo uso é imprescindível nas vertentes comercial e militar. Esses minerais possuem propriedades muito semelhantes, tais como a maleabilidade e a resistência que oferecem. Atualmente, a China é o ator monopolista do mercado de Terras Raras, detendo cerca de 35% das reservas e exercendo o controle de aproximadamente 97% do mercado mundial desses elementos. Argumenta-se aqui que a China utiliza sua posição de monopolista como instrumento de poder, aqui denominado de Smart Power, para se destacar no mercado mundial e, simultaneamente, exercer controle na geração e oferta de um insumo que garante ao país valor agregado nas suas transações e poder de barganha diferenciado.
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