O acolhimento dos refugiados na União Europeia em virtude da securitização da migração na região
The Refugees’ reception in the European Union due to the securitization of migration in the region
Resumo
O artigo trata do acolhimento dos refugiados na União Europeia, e possui como principal objetivo analisar esse acolhimento, considerando a securitização da migração como um empecilho para a proteção dos refugiados. Para conduzir a discussão sobre a temática, busca-se examinar a discussão política sobre as migrações forçadas na União Europeia, tendo como foco os refugiados e utilizando-se do exemplo da Itália. Além disso, outros objetivos subjacentes ao principal intento desta investigação buscam apresentar a importância da integração institucional e humanitária dos refugiados no local de acolhimento e, por fim, identificar soluções a fim de melhorar o acolhimento dos refugiados nos países da União Europeia. Observa-se que os Estados se eximem da sua responsabilidade enquanto importantes atores para a proteção desses migrantes forçados. Portanto, é necessário refletir sobre as medidas que contribuam para uma maior cooperação dos Estados, em vez de reforçar a securitização da migração local.
Downloads
Referências
ACNUR (AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS). O Acnur. 2017. Disponível em:< http://www.acnur.org/portugues/o-acnur/>. Acesso em: 10 de dezembro de 2017.
BARNETT, Laura. Global Governance and the evolution of the International Refugee Regime. International Journal of Refugee Law. Oxford University Press, V. 14, No 2/3, 2002, p.238-262. Disponível em:< http://archives.cerium.ca/IMG/pdf/Barnett.pdf>. Acesso em: 8 de janeiro de 2018.
BETTS, Alexander. Protection by Persuasion: International Cooperation in the Refugee Regime. Ithaca and London: Cornell University Press, 2009.
BUZAN, Barry; WÆVER, Ole; WILDE, Jaap De. Security: a new framework for analysis. Lynne Rienner Publishers, 1998.
CASTLES, Stephen. As migrações internacionais no limiar do século XXI: Questões e tendências globais. In. Globalização, transnacionalismo e novos fluxos migratórios. 2005.
CONVENÇÃO RELATIVA AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS. 1951. Acnur. Disponível em:< http://www.acnur.org/t3/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Convencao_relativa_ao_Estatuto_dos_Refugiados.pdf>. Acesso em: 3 de novembro de 2017.
CUNHA, Higor Hebert França da. Quem é bem-vindo? A securitização da migração e o papel da União Europeia e da Itália. Revista Ambivalência, Vol. 2, nº4. 2014, pp.189-213. Disponível em:< https://seer.ufs.br/index.php/Ambivalencias/article/view/3604/3083>. Acesso em: 17 de novembro de 2017.
DIJCK, Dominique Van. Is the EU policy on illegal immigration securitized? Paper to presented at the 3rd Pan-European Conference on EU Politics, Istanbul, 21-23 September 2006. Disponível em:< http://www.jhubc.it/ecpr-istanbul/virtualpaperroom/054.pdf>. Acesso em 12 de novembro de 2017.
ELIE, Jérôme. Histories of Refugee and Forced Migration Studies. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 23-35.
EUROPEAN BORDER AND COAST GUARD AGENCY. Frontex. Mission and tasks. Disponível em:< http://frontex.europa.eu/about-frontex/mission-and-tasks/>. Acesso em: 10 de dezembro de 2017.
FERREIRA, Susana de Sousa. Migrations and the Arab Spring – a new security nexus? Faculdade de Ciências Sociais e Humanas: Instituto Português de Relações Internacionais, 2014. Disponível em:< https://run.unl.pt/handle/10362/28969>. Acesso em 13 de novembro de 2017.
GARCIA, Fernanda Di Flora. A exceção é a regra: os centros de detenção para imigrantes na Itália. Brasília: Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana, nº 43, 2014, p. 235-250. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/remhu/v22n43/v22n43a15.pdf>. Acesso em: 2 de dezembro de 2017.
GIULIANI, Marta. A situação da imigração na Itália a partir das contribuições do Dossiê Estatístico sobre Imigração Caritas/Migrantes. Brasília: Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana, Nº 39, 2012, p. 279-292. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/remhu/v20n39/v20n39a15.pdf>. Acesso em: 5 de dezembro de 2017.
GOTTWALD, Martin. Burden Sharing and refugee Protection. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 525-537.
HARRELL-BOND, Barbara; VOUTIRA, Efitihia. In Search of ‘Invisible’ Actors: Barriers to Access in Refugee Research. Journal of Refugee Studies, 20 (2), Oxford: Oxford University Press, 2007, p. 281-298.
IOV, Claudia Anamaria; BOGDAN, Maria Claudia. Securitization of migration in the European Union - between discourse and practical action. Research and science today. No. 1(13), 2017. Disponível em:< www.rstjournal.com>. Acesso em: 26 de outubro de 2017.
JOFFÉ, George. A Primavera Árabe no Norte da África: Origens e Perspectivas de futuro. Relações Internacionais, 2011, pp. 85-116. Disponível em:< http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992011000200006>. Acesso em: 13 de novembro de 2017.
KRASNER, Stephen D. Causas estruturais e consequências dos regimes internacionais: regimes como variáveis intervenientes. Revista de Sociologia e Política. Vol. 20, nº 42, 2012, p. 93-110.
LOESCHER, Gil. UNHCR and Forced Migration. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 215-226.
LONG, Katy. Rethinking ´Durable´ Solutions. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 475-487.
LUSSI, Carmem. Políticas públicas e desigualdades na migração e refúgio. Psicologia USP. Vol. 26, nº 2, 2015, p. 136-144. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/pusp/v26n2/0103-6564-pusp-26-02-00136.pdf>. Acesso em: 25 de novembro de 2017.
MARINUCCI, Roberto. Proteger os migrantes forçados ou proteger-se deles? Brasília: REMHU - Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana, Ano XXII, n. 43, 2014, pp. 7-9. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/remhu/v22n43/v22n43a01.pdf>. Acesso em 9 de janeiro de 2018.
MILNER, James. Protracted Refugee Situations. The Oxford Handbook of Refugee and Forced Migration Studies, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 151-62.
PACÍFICO, Andrea. O Capital Social dos Refugiados. Maceió: Edufal. 2010, Cap. 1 e 2.
PAOLETTI, Emanuela. The Arab Spring and the Italian Response to Migration in 2011: Beyond the Emergency. Comparative migration Studies. Vol. 2, No. 2. 2014, pp. 127-150. Disponível em:< https://link.springer.com/article/10.5117/CMS2014.2.PAOL>. Acesso em: 26 de novembro de 2017.
PEREIRA, Joaquim André Gomes. Da crise de refugiados na Europa: Uma ameaça à segurança? Dissertação de mestrado integrado em Ciências Policiais, XXVIII Curso de Formação de Oficiais de Polícia, 2016, Cap. 1, 2 e 3. Disponível em:< https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/15560>. Acesso em: 10 de dezembro de 2017.
PODDAR, Shubham, European Migrant Crisis: Financial Burden or Economic Opportunity? Social Impact Research Experience (SIRE). N 43, 2016. Disponível em: <http://repository.upenn.edu/sire/43>. Acesso em: 29 de novembro de 2017.
PROTOCOLO DE 1967 RELATIVO AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS. Acnur. Disponível em:< http://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BD_Legal/Instrumentos_Internacionais/Protocolo_de_1967.pdf>. Acesso em: 26 de agosto de 2018.
ROCHA, Rossana Reis; MOREIRA, Julia Bertino. Regime Internacional para refugiados: mudanças e desafios. Curitiba: Revista de Sociologia Política, v. 18, n. 37, 2010, pp. 17-30. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n37/03.pdf>. Acesso em: 26 de novembro de 2017.
SARAIVA, María Francisca Alves Ramos de Gil. A securitização da crise dos refugiados na Europa. Implicações para o complexo de regimes sobre migrações internacionais. Revista de Estudios en Seguridad Internacional. Vol. 3, No. 1, 2017, pp. 43-60. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.18847/1.5.3>. Acesso em: 25 de outubro de 2017.
SCHENGEN VISA INFO. Schengen Area Countries List. 2017. Disponível em:< https://www.schengenvisainfo.com/schengen-visa-countries-list/ >. Acesso em: 26 de outubro de 2017.
SILVA, Wanise Cabral; AMARAL, Nemo de Andrade do. A Imigração na Europa: a ação política da União Europeia para as migrações extracomunitárias. Florianópolis: Sequência. No 66, p. 235-259, 2013. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/seq/n66/10.pdf>. Acesso em 29 de outubro de 2017.
SMITH, Steve. Introduction: Diversity and Disciplinarity in International Relations Theory. In.: DUNNE, Tim; KURKI, Milja; SMITH, Steve. International Relations Theory: Discipline and Diversity. United Kingdom: Oxford University Press, 2013, p.1-12.
UNIÃO EUROPEIA. Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA). Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2014. Disponpivel em:< https://ec.europa.eu/home-affairs/sites/homeaffairs/files/e-library/docs/ceas-fact-sheets/ceas_factsheet_pt.pdf>. Acesso em: 26 de agosto de 2018.
VELASCO, Suzana de Souza Lima. A securitização da imigração na União Europeia: legislação e práticas de regulação do excesso de mobilidade. In: Imigração na União Europeia: uma leitura crítica a partir do nexo entre securitização, cidadania e identidade transnacional [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2014, pp. 65-107.
VOUTIRA, Eftihia; DONÁ, Giorgia. Refugee Research Methodologies: Consolidation and Transformation of a Field. Journal of Refugee Studies. V. 20, No 2, Oxford: Oxford University Press, 2007, p. 163-171.
WERMUT, Maiquel Ângelo Dezordi. Direito penal, migrações e mixofobia na União Europeia. Revista científica internacional. Vol.1, nº 31, 2014, p.174-267. Disponível em:< http://www.interscienceplace.org/isp/index.php/isp/article/view/305>. Acesso em: 25 de novembro de 2017.
Copyright (c) 2019 Estudos Internacionais: revista de relações internacionais da PUC Minas
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).