Aproximações teórico-metodológicas entre a geografia e o cinema: a cidade-personagem

  • Marcos Ferreira Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Otavio Lemos Universidade Estadual do Ceará (UECE)
DOI: https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2020v30n62p574
Palavras-chave: transdisciplinaridade, arte, narrativas filmicas, lugar filmico

Resumo

Este artigo evoca os tensionamentos teóricos e metodológicos entre a ciência geográfica e a linguagem cinematográfica para compreender a cidade-personagem nos filmes de ficção. Para isso, buscou-se na transdisciplinaridade do conhecimento científico e na corporificação do saber as múltiplas interpretações geográficas proferidas nas e a partir das obras fílmicas. Mediante o confronto espacial e subjetivo estabelecidos entre o cinema e o espectador, o ato de se assistir a um filme torna-se, portanto, uma experiência geográfica. A cidade-personagem, produto da relação entre as demais personagens da trama com o espaço diegético, se expressa pela sua própria capacidade de representação de si a partir do outro, provocando, assim, a manifestação do lugar fílmico imbricado de afetos, metáforas, símbolos e significações.

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Biografia do Autor

Marcos Ferreira, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Graduado e Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Durante a graduação foi bolsista ICT-FUNCAP (2012-2013) e PIBIC/CNPq de Iniciação Científica (2013-2014), vinculado ao Laboratório de Estudos do Território e da Urbanização - LETUr. No Mestrado, também bolsista CNPq (2016-2018), desenvolveu a pesquisa "Corporação e Geografia: a organização territorial e produtiva do Grupo Alpargatas S.A. na Paraíba". Enquanto artista, participou como roteirista de um dos episódios da série-escola para TV Artes de Proa, do Porto Iracema das Artes. Em 2016, aprovou os projetos artísticos Benfica (curta-metragem), Bizu Cultural (site e aplicativo) e Pelos Olhos Que Te Vejo (curta-metragem) em editais públicos da Secult-CE e Secultfor. Em 2018, produziu a exposição Montar uma Ruína: Clube Alagoinha, da artista Lis Paim, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará do Instituto Dragão do Mar. Neste mesmo ano, foi produtor-assistente na Cinema Inflamável, produtora cearense do cineasta Karim Aïnouz. Atuou como Supervisor Pedagógico na Escola de Formação e Criação do Ceará - Porto Iracema das Artes. Atualmente, desenvolve a tese de doutorado, também pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, vinculado ao Laboratório de Estudos em Geografia Cultural (LEGEC) e ao Grupo de Estudos do Imaginário, Paisagem e Transculturalidade (GEIPaT) da Universidade Federal de Goiás (UFG), acerca da transculturalidade entre o cinema e a Geografia a partir da cidade-personagem nos filmes de ficção.

Otavio Lemos, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Pós-Doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará, lecionando no curso de graduação e no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UECE. Coordenador do Laboratório de Estudos em Geografia Cultural - LEGEC. Desenvolve pesquisas na área de Geografia Cultural, especificamente voltado para as temáticas: Espaço, cultura e patrimônio, paisagem vernacular, Geografia e Cinema.

Publicado
21-05-2020
Edição
v. 30 n. 62 (2020): Julho a Setembro de 2020
Seção
ARTIGOS

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