Caracterização, impactos e gestão de sítios arqueológicos do vale do rio Pitangui, Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná

  • Henrique Simão Pontes Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE); Programa de Pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Observatório de Justiça e Conservação (OJ&C) http://orcid.org/0000-0003-3872-6408
  • Alessandro Giulliano Chagas Silva Projeto Arqueotrekking e Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE)
  • Laís Luana Massuqueto Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE) e Programa de Pós-graduação em Geologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Palavras-chave: pinturas rupestres, abrigos sob rocha, patrimônio arqueológico, conservação da natureza, Formação Furnas, região dos Campos Gerais

Resumo

A presente pesquisa mostra um estudo sobre os sítios arqueológicos do vale do rio Pitangui, no município de Ponta Grossa, estado do Paraná. Como resultados, medidas de gestão destes sítios arqueológicos são apresentadas, a fim de harmonizar os diferentes interesses de uso com a conservação deste patrimônio. Os abrigos são conceituados neste estudo como cavidades naturais subterrâneas, com seus regimes de uso e proteção também vinculados à legislação espeleológica brasileira. Na área pesquisada foram caracterizados quatro abrigos que constituem sítios arqueológicos distintos, nominados de Abrigo Pitangui I, Abrigo Pitangui II, Abrigo Vale dos Escoteiros e Abrigo Usina São Jorge. Nesses sítios ocorrem pinturas rupestres associadas às tradições arqueológicas Planalto e Geométrica. Nestas cavidades naturais subterrâneas foram identificados impactos negativos graves, sobretudo devido à vulnerabilidade destes locais por conta de: a) queimadas; b) pichações (rabiscos) sobre as pinturas rupestres; c) quebra proposital de painéis com gravuras; d) intensa visitação turística; e) processos erosivos causados por trilhas de motocross e; f) descaracterização da vegetação nativa no entorno dos abrigos. Conclui-se que as principais medidas de gestão destes sítios arqueológicos envolvem a criação ou ampliação de áreas protegidas (principalmente unidades de conservação de proteção integral ou tombamento), fiscalização constante, manutenção (sobretudo para evitar queimadas no entorno e nos abrigos) e ações de divulgação e educação patrimonial.

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Biografia do Autor

Henrique Simão Pontes, Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE); Programa de Pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Observatório de Justiça e Conservação (OJ&C)
Geografia Física, geomorfologia, geologia, carste e espeleologia
Publicado
05-10-2020