Diagnóstico dos Casos de Dengue nas Capitais do Nordeste do Brasil entre 2000 e 2017

Palavras-chave: Arbovírus, Precipitação, Estatística descritiva, ENOS

Resumo

Este trabalho avaliou o número de notificações de dengue nas capitais do Nordeste do Brasil (NEB), entre os anos de 2000 e 2017. Para isto, utilizaram-se dados mensais do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) submetida à avaliação da estatística descritiva e exploratória. Além disso, avaliou-se o número de ocorrências com anos de ocorrência de eventos do El Niño-Oscilação Sul (ENOS). De acordo com os resultados da estatística descritiva, o número total de notificações foi de 834 mil notificações de dengue durante o período analisado, dos quais 33,3% (278389 casos, e média ± Desvio Padrão de 1288,8 ± 2485,0 casos) ocorreram em Fortaleza. Em termos de totais anuais, Fortaleza reaparece como a cidade com os maiores números de notificações de dengue, com 39423 casos em 2016, seguida de Recife e Salvador com 35028 casos e 27282 casos, ambas em 2002. Em Fortaleza, as notificações de dengue ultrapassam 20 mil casos anuais, em 6 dos 18 anos analisados. Notou-se uma possível relação entre o número de notificações com os eventos de ENOS, especialmente entre os anos de 2002 (Recife e Salvador) e 2016 (João Pessoa) durante o El Niño, e nos anos de 2008 (Aracaju) e 2010-2012 (Fortaleza, Maceió, São Luís e Teresina), durante o La Niña. Em termos mensais, verificou-se que o maior número de notificações ocorreu no fim do verão e outono (entre os meses de Março e Junho), durante o período chuvoso, com destaque para Fortaleza, que notificou em média 12 mil notificações, com pico em Maio, com 4,6 mil notificações. Grande parte destas notificações está associada a fatores ambientais associadas ao adensamento urbano desordenado e infra-estrutura inadequada que resultam na proliferação do mosquito.

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Biografia do Autor

Elânia Barros Silva

Cursou a graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e pós-graduação (especialização em Enfermagem obstétrica) pela Universidade Federal de Alagoas (2004) . Atuou como professora de prática do curso de especialização em enfermagem obstétrica do curso ATUALIZA no período de 2011-2012. Atuou como professora de prática do curso de pós-graduação de enfermagem obstétrica da UNCISAL (2008). Foi enfermeira plantonista do Hospital dos Usineiros no período de 2004-2005. Foi enfermeira obstetra da Casa Maternal Denilma Bulhões vinculada a Prefeitura Municipal de Maceió, enfermeira da estratégia de saúde da família pela Prefeitura Municipal de Capela. Exerceu atividades de preceptoria para residentes de enfermagem na seguinte área: Enfermagem Obstétrica. Atualmente, está lotada no Complexo Regulador de Assistência (CORA), na função de supervisora hospitalar vinculado a Prefeitura Municipal de Maceió e desenvolve trabalhos científicos nas áreas de Clima e Saúde, Poluição e Qualidade do Ar e Doenças Negligenciáveis. É membro do ONG Amor 21, com participação ativa no projeto acolhimento de crianças com Síndrome de Down.

Jakelline Cipriano dos Santos Raposo, Instituto Federal de Alagoas

Graduada em Fisioterapia e técnica administrativa em educação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas - Campus Rio Largo. Tem experiência nas áreas administrativa, organização de eventos, consultoria acadêmica, urgência e emergência, saúde preventiva e práticas integrativas e complementares. Na área acadêmica realiza pesquisas em saúde mental do adolescente, estudante e do trabalhador e tecnologias da informação e comunicação. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa e suplente do Conselho Superior do Instituto Federal de Alagoas.

José Francisco de Oliveira Júnior, Universidade Federal de Alagoas

possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (1998), Mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2001), Doutorado em Ciências Atmosféricas, em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE (2008) e Pós-Doutorado na Engenharia Mecânica - COPPE/UFRJ (2011) na área de Fenômenos de Transporte (Mecânica dos Fluidos). Membro fundador da UNEMET (União Nacional dos Estudiosos em Meteorologia - http://www.unemet.org.br/) - (2002).
Atuou como Orientador do Estágio Supervisionado vinculado ao CIEC (Coordenação Intergrada de Estágios e Concurso) de projetos com Escola Pública de Seropédica. Participação como Orientador no Projeto Jovens Talentos para Ciência financiado pela FAPERJ (2004). Participação como Orientador no Projeto Orientação Supervisionada da UFRRJ através do SINTEEG (Setor de Integração Escola/Empresa/Governo) (2011). Participação nos Projetos de Extensão da UFRJ, denominados de (1) El Niño: Estendendo Horizontes e Fronteiras do Tempo; (2) SINTO: Descobrindo os Sinais do Tempo; (3) Atmosfera Viva e (4) SIG-Escolas - Atvidades de Extensão do Departamento de Meteorologia - UFRJ (2010). Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial nas categorias DTI/7B e 7A (CNPq-MCT) na Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, nas áreas de Segurança Radiológica em Instalações Minero-Industriais e em Depósitos de Rejeitos Radioativos, no período de 2005 a 2010. Participação nos Grupos de Pesquisa de Prognóstico da Qualidade do Ar e Interdisciplinar de Sensoriamento Remoto, Meteorologia, Oceanografia e Aplicações - UFRJ. Participação como Pesquisador Associado nas Universidades da UBU (Universidade de Burgos - Espanha) - PKNU (Purkyong National University - Coréia do Sul). Participação como Pesquisador-Colaborador no Laboratório de Modelagem de Processos Marinhos e Atmosféricos (LAMMA) -Núcleo Computacional de Estudo de Qualidade do Ar - NCQAr-UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro). Membro da European Geophysical Society - COSIS.net. Atualmente, Professor Associado I do Instituto de Ciências Atmosféricas (ICAT) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e líder do Laboratório de Meio Ambiente e Meteorologia Aplicada (LAMMA). Ex-Professor do Instituto de Floresta (IF) - Departamento de Ciências Ambientais (DCA) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) no período de 2011-2017. Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Biossistemas da Universidade Federal Fluminense (PGEB) - UFF, da Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável (PPGPDS) - UFRRJ, da Pós-Graduação em Meteorologia (PPGMET) - UFAL e Ex-Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais (PPGCAF) - (Colaborador). Como orientador e co-orientador já formou (13) Mestres e (2) Doutores. Revisor de periódicos nacionais (12) e internacionais (22). Atualmente, participo do Grupo de Geotecnologia Aplicada em Agricultura e Floresta (GAAF) como pesquisador convidado da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) e Editor Associado da Revista de Ciências Agro-Ambientais (http://periodicos.unemat.br/index.php/rcaa/index) da UNEMAT. Editor-Chefe da área de Meteorologia e Climatologia do Journal of Atmospheric Science Research (http://ojs.bilpublishing.com/index.php/jasr/). Coordenador de Extensão do ICAT/UFAL (2018). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Ambiental, Micrometeorologia, Modelagem Atmosférica, Meteorologia de Montanha e Costeira, Agrometeorologia, Meteorologia Urbana, Climatologia e Meteorologia de Incêndio atuando principalmente nos seguintes temas: Clima e Saúde, Catástrofes e Desastres Naturais, Camada Limite Atmosférica, Métodos Estatísticos, Ferramentas SIG, Radar Meteorológico, Modelagem Computacional, Qualidade do Ar, Poluição Atmosféricas.

Washington Luiz Félix Correia Filho, Universidade Federal de Alagoas

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2008), mestre em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande (2010) e Doutor em Ciências Climáticas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014). Em meteorologia, atua nas áreas de micro e mesoescala, e também em climatologia no aspecto da variabilidade do vento e extremos de precipitação. Além disso, possui experiência em estatística univariada e multivariada, tais como: estatística descritiva e de precisão, análises multivariada de dados, de séries temporais e de eventos extremos, modelos de regressão linear e múltipla, modelos lineares generalizados, ao qual estes métodos são aplicados em variáveis ambientais, principalmente em precipitação, vento, dengue e focos de calor. No caso do vento, são aplicadas para análise de variabilidade e regionalização do vento em superfície, e a estimativa do potencial eólico. Além disso, já trabalhou com os modelos climáticos CMIP5 / AR5 no diagnóstico das influências climáticas provocadas pelo ENOS, e de seus efeitos na chuvas do Nordeste do Brasil. Anteriormente trabalhou com aquisição e manipulação de dados de satélites ambientais, tais como o MODIS-Aqua e MODIS-Terra para obtenção de dados oceânicos (Clorofila, Turbidez e Carbono Orgânico Dissolvido) e de vegetação (EVI e NDVI), AVHRR para estimação de temperatura de superfície, e também com imagens Landsat para estimação e avaliação de padrões de degradação ambiental a partir de índices de vegetação e temperatura, realizados a partir do ambiente R. Atualmente, está em um Pós-Doutorado trabalhando na Universidade Federal de Alagoas no diagnóstico de Focos de Calor.

Dimas de Barros Santiago, Universidade Federal de Campina Grande

Doutorando em Meteorologia na Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Mestre em Meteorologia, Universidade Federal de Alagoas - UFAL, ano de 2017. Graduado em Meteorologia, Universidade Federal de Alagoas - UFAL, ano de 2015. Experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia (Sensoriamento Remoto da Atmosfera) e Agrometeorologia. Atualmente trabalha com modelagem agrícola, com ênfase em produtividade agrícola. Trabalhou com Ilhas de Calor Urbana, Conforto Térmico e Índices de Vegetação.

Publicado
16-05-2021