Implicações hidrogeomorfológicas do rompimento da barragem de rejeito da Mina do Córrego do Feijão – MG

  • Regina Paula Benedetto de Carvalho
  • Antônio Pereira Magalhães Júnior Departamento de Geografia Universidade Federal de Minas Gerais http://orcid.org/0000-0002-5327-3729
  • Luiz Fernando de Paula Barros
Palavras-chave: impactos hidrogeomorfológicos; bacia do rio Paraopeba; sistemas fluviais; rompimento de barragem de rejeito

Resumo

O artigo busca identificar e analisar alterações hidrogeomorfológicas nos fundos dos vales do ribeirão Ferro-Carvão e do rio Paraopeba decorrentes do rompimento da barragem de rejeito B1 da Mina do Córrego do Feijão (Brumadinho-MG).  A pesquisa se baseou no uso de imagens de satélite e de dados quali-quantitativos da primeira estação chuvosa pós-rompimento. O conjunto das alterações identificadas permitiu a definição de cinco trechos fluviais, estando a abrangência dos impactos morfológicos diretamente relacionada à proximidade com o local do rompimento, fato que não se verifica, necessariamente, com relação aos aspectos hidrossedimentológicos. Enquanto o Trecho 1 foi marcado pelo completo soterramento do fundo do vale, nos demais a formação de depósitos de rejeito nas margens, o surgimento de barras de canal na calha do Paraopeba e o entulhamento de áreas de confluência até o reservatório de Retiro Baixo são indicativos de consequências importantes do desastre. O trabalho ilustra como os eventos de rompimento de barragens de rejeito tendem a comprometer a configuração e a dinâmica hidrogeomorfológica de sistemas fluviais, além dos conhecidos impactos socioambientais.

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Biografia do Autor

Antônio Pereira Magalhães Júnior, Departamento de Geografia Universidade Federal de Minas Gerais

Geógrafo

Doutor em Desenvolvimento Sustentável (Centro de Desenvolvimenton Sustentável, Universidade de Brasília)

Pós-doutorado em gestão de recursos hídricos na Universitat Autònoma de Barcelona

Publicado
16-05-2021