ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA CAJUCULTURA NO SEMIÁRIDO POTIGUAR:

ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA CAJUCULTURA NO SEMIÁRIDO POTIGUAR: UM ESTUDO DO MUNICÍPIO DE SERRA DO MEL-RN

  • Camila Saiury Pereira Silva Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • Kátia Alves Arraes Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Tecnologista Sênior III
  • Leandro Magno Santos da Motta Filho Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC)
  • Antônio Helton da Silva Barbosa Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
  • Melquisedec Medeiros Moreira Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Pesquisador em Ciência e Tecnologia
Palavras-chave: Mapeamento, Google Earth Engine, Random Forest, NDVI, Agricultura

Resumo

A cajucultura no Nordeste brasileiro tem significativa importância econômica e social. Tradicionalmente cultivados em regime de sequeiro, ou seja, sem irrigação, os pomares de cajueiros atravessaram um período bastante crítico nos últimos anos devido à baixa pluviosidade, resultante da última seca severa associada à ocorrência de pragas e doenças que causaram danos à produtividade da castanha de caju. Principal produto econômico da cajucultura. Dada a sua relevância econômica, este estudo teve por finalidade avaliar a distribuição espacial e temporal do uso e ocupação do solo do município de Serra do Mel, localizado no estado do Rio Grande do Norte, tendo como objetivo compreender a dinâmica da cajucultura em 2015, um ano de chuvas abaixo da média e, em 2020, mostrando o cenário atual dessa atividade agrícola. Em nossa pesquisa utilizamos duas imagens do sensor OLI, do satélite Landsat 8, ambas da estação seca, onde foram aplicados os índices espectrais de NDVI, SAVI e BSI, além da inclusão de bandas auxiliares de elevação e declividade visando o refinamento da classificação supervisionada baseada no método de aprendizagem de máquina Random Forest, na plataforma de processamento em nuvem do Google Earth Engine. Desse modo, esta pesquisa identificou que houve redução de áreas cultivadas e, em menor proporção, de áreas de vegetação nativa. Em contrapartida, houve o crescimento de áreas de solo exposto. Concluímos que é necessário desenvolver medidas que minimizem os efeitos de secas prolongadas. Nesse sentido, esperamos que este trabalho possa servir de subsídio ao planejamento e gestão territorial do município.

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Biografia do Autor

Camila Saiury Pereira Silva, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Mestre em Ciências Naturais (2017) com graduação em Gestão Ambiental (2014) pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Tem experiência em participação de projetos de pesquisa e extensão e atua, principalmente, na área de geoprocessamento. Atualmente é bolsista do Programa de Capacitação Institucional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Kátia Alves Arraes, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Tecnologista Sênior III

Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ), 2006, Pós-Graduação em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ), 1993, Graduação em Tecnólogo em Processamento de Dados (Faculdades Reunidas Nuno Lisboa/RJ), 1988. Servidora Pública Federal do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV/RJ), da Marinha do Brasil, no cargo de Tecnologista Sênior III, do Plano de Carreiras do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Atualmente lotada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na Coordenação Espacial do Nordeste (COENE), em Natal/RN, atuando na área de pesquisa e desenvolvimento junto à Coordenação Geral de Ciências Exatas da Terra (CGCT), especificamente com Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento.

Leandro Magno Santos da Motta Filho, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC)

Graduando em Bacharelado de Tecnologia da Informação. Tem experiência na área de Tecnologia, com conhecimento em HTML, JavaScript, C++, Phyton e banco de dados - MySQL. Busca atuar na produção de aplicativos, softwares, jogos e/ou inteligência artificial. Está a procura de estágios com objetivo de obter experiência profissional. Possui capacidade de rápido aprendizado e horários flexíveis. Atualmente atuando como bolsista na Coordenação Espacial do Nordeste - COENE.

Antônio Helton da Silva Barbosa, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Mestre em Ciências Naturais e graduado em Gestão Ambiental pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Geoprocessamento, Sistemas de Informações Geográficas e Sensoriamento Remoto.

Melquisedec Medeiros Moreira, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)/Pesquisador em Ciência e Tecnologia

Possui Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1994), Mestrado e Doutorado em Geotecnia pela Universidade de Brasília (1996, 2002). Atualmente é Pesquisador em Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), colaborando no Programa do Grupo de Geoprocessamento da Coordenação Espacial do Nordeste, orientando os Seguintes Projetos de Pesquisa: Construindo Nosso Mapa Municipal Visto do Espaço - Mapeamento da Caatinga no Semiárido Nordestino com Geotecnologias (PCI-Programa de Capacitação Institucional/MCTI/INPE-CNPq), Ações de Defesa Civil em Municípios do Rio Grande do Norte com auxílio do Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (PIBIC/INPE-CNPq), Geotecnologias Aplicadas à Gestão de Riscos Ambientais no Rio Grande do Norte (PIBIC/INPE-CNPq), e Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização do Município de Natal-RN e sua Região Metropolitana: Geotecnologias, Espacialização e SIG Aplicado ao Gerenciamento de Deslizamentos e Alagamentos (PIBIC/INPE-CNPq). Atuou como Geólogo de Engenharia do antigo Ministério das Cidades (Atualmente Ministério do Desenvolvimento Regional), especialista em Gestão do Território e Manejo Integrado das Águas Urbanas (Cooperação Técnica Internacional Brasil-Itália em Saneamento Ambiental/ Hydroaid - Scuola Internazionale dellAcqua per lo Sviluppo) e Mapeamentos de Áreas de Risco Geológico-Geotécnico, com o auxílio do Sistema Nacional de Informações das Cidades (SIG para Análise e Disseminação das Investigações necessárias à Implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano / Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento): Projeto de Cooperação Técnica PNUD - BRA 04/022 (SNIC), tendo sido agraciado com quatro Convites Internacionais para representar o Governo Federal em eventos organizados pela Sociedade Portuguesa de Geotecnia (SPG)/Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho (DEC-UM)/Campus de Azurém - Guimarães, Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho/Campus de Gualtar - Braga, Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB) e Industrial Fabrics Association International (IFAI)/American Society of Civil Engineers (ASCE). Professor Pesquisador DCR-CNPq do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DEC-UFRN), de 1996 a 1999 e de 2002 a 2003, e também Professor Doutor do Curso de Licenciatura em Geografia e Graduação em Direito da Faculdade Projeção (Hoje UniPROJEÇÃO - Campus I, Brasília - DF) de 2005 a 2008, tem experiência na área de Geotecnologias e Geologia de Engenharia, atuando principalmente nos seguintes temas: Cartografia Digital para o Planejamento Urbano (Cartas Geotécnicas de Suscetibilidade e de Aptidão à Urbanização), Sensoriamento Remoto, Recursos Hídricos/Águas Subterrâneas, Gerenciamento e Prevenção de Riscos Geotécnicos (Mecanismos de Instabilização e Deslizamentos de Encostas).

Publicado
22-01-2023