Édipo Rei, José e Cântico dos Cânticos: da tragédia grega à contratragédia bíblica
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Resumo
O artigo procura ler a história de José, em Gênesis como uma narrativa do gênero tragédia, e, mais especificamente, uma tragédia que tem como modelo Édipo Rei. Ao mesmo tempo, o artigo procura ler Cântico dos Cânticos como uma narrativa que, atualizando-se na forma de uma narrativa também exatamente no modelo de Édipo Rei, subverte, todavia, o enredo trágico por meio da crítica político-social de que o que aparece como determinação divina no oráculo somente funciona no nível da realidade humana por força da cumplicidade entre representantes das classes dominadas, a que se dirigem os mitoplasmas, e a classe dominante, que os engendra. No campo narrativo, em Cântico dos Cânticos, a incompetência tática das personagens de Édipo Rei e de José, que, julgando escapar do destino oracular, findam por promovê-lo, corresponde à denúncia da cumplicidade do homem que, na composição, domina a heroína, o qual, em conluio com a classe dominante, responsável esta pelo oráculo de maldição que recai sobre as mulheres daquela cultura, ratifica o enredo trágico ao aceitar cumprir seu papel na encenação dos destinos em jogo.
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