Puebla 40 anos depois: a hora de retomar a tradição eclesial libertadora
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Resumo
A presente abordagem de Puebla 40 anos depois se propõe identificar as sincronias e diacronias entre o contexto de ontem e de hoje, postulando que o pontificado novo de Francisco é um momento oportuno para retomar a tradição eclesial libertadora, tecida sobretudo em torno a Medellín e Puebla. É uma abordagem marcadamente de cunho histórico, tendo como referenciais de análise a renovação do Vaticano II e sua recepção criativa por Medellín, que teve em Puebla um contraponto de segmentos conservadores e em Santo Domingo seu estancamento. O texto está estruturado em três partes: na primeira, faz referência ao consenso entre magistério e teologia latino-americana em Medellín, ao confronto em Puebla e Santo Domingo, hoje neutralizados por Francisco; na segunda parte, apresenta em grandes linhas o processo de “involução eclesial”, iniciado a meados da década de 1980 e que se prolongou até Aparecida e a eleição do Papa Francisco; na terceira parte, dado o novo momento eclesial criado por Aparecida e o novo pontificado, justifica-se que há uma nova chance para a tradição eclesial libertadora. O texto aponta que hoje não se pode perder de vista a contribuição de Puebla, desqualificadora de posturas nostálgicas de um passado sem retorno e capaz de alentar a esperança renovada na tradição eclesial libertadora da Igreja na América Latina.
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