Puebla 40 anos depois: a hora de retomar a tradição eclesial libertadora

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Agenor Brighenti

Resumo

A presente abordagem de Puebla 40 anos depois se propõe identificar as sincronias e diacronias entre o contexto de ontem e de hoje, postulando que o pontificado novo de Francisco é um momento oportuno para retomar a tradição eclesial libertadora, tecida sobretudo em torno a Medellín e Puebla. É uma abordagem marcadamente de cunho histórico, tendo como referenciais de análise a renovação do Vaticano II e sua recepção criativa por Medellín, que teve em Puebla um contraponto de segmentos conservadores e em Santo Domingo seu estancamento. O texto está estruturado em três partes: na primeira, faz referência ao consenso entre magistério e teologia latino-americana em Medellín, ao confronto em Puebla e Santo Domingo, hoje neutralizados por Francisco; na segunda parte, apresenta em grandes linhas o processo de “involução eclesial”, iniciado a meados da década de 1980 e que se prolongou até Aparecida e a eleição do Papa Francisco; na terceira parte, dado o novo momento eclesial criado por Aparecida e o novo pontificado, justifica-se que há uma nova chance para a tradição eclesial libertadora. O texto aponta que hoje não se pode perder de vista a contribuição de Puebla, desqualificadora de posturas nostálgicas de um passado sem retorno e capaz de alentar a esperança renovada na tradição eclesial libertadora da Igreja na América Latina.


 

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Como Citar
BRIGHENTI, A. Puebla 40 anos depois: a hora de retomar a tradição eclesial libertadora. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, v. 17, n. 54, p. 1408, 31 dez. 2019.
Seção
Artigos/Articles: Dossiê/Dossier
Biografia do Autor

Agenor Brighenti, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Presbítero da Diocese de Tubarão, SC., doutor em Ciências Teológicas e Religiosas pela Universidade Católica de Louvain/Bélgica. Professor-pesquisador na PUC de Curitiba e professor-visitante no Instituto Teológico-Pastoral do Conselho Episcopal Latino-americano, em Bogotá. Membro da Equipe de Reflexão Teológica do CELAM. Foi perito do CELAM na Conferência de em Santo Domingo.