Pluralismo, autoridade e legitimação do credo: religiões institucionalizadas e universalistas na encruzilhada dos novos tempos
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Resumo
Partindo da afirmação de que o pluralismo religioso-cultural está consolidado como o ethos e a base normativa das sociedades contemporâneas, refletirei sobre os desafios por ele postos às instituições religioso-culturais e ao tipo de fundamentação essencialista e naturalizado que elas fomentam individual e socialmente. Meu argumento central consiste em defender que o pluralismo religioso-cultural, que tem um sentido eminentemente positivo e que se enraizou profundamente em nossa vida cotidiana hodierna, leva ao enfraquecimento da autoridade dessas instituições religioso-culturais, minando sua capacidade de monopolizar e de centralizar internamente a si mesmas a legitimação do credo, impondo-o verticalmente aos crentes. Nesse sentido, também defenderei que o pluralismo religioso-cultural não apenas não pode ser ignorado ou minimizado pelas instituições religioso-culturais, mas também pode oferecer uma base normativa importante e inultrapassável para a reformulação e a reestruturação institucionais, no sentido de consolidar, nas instituições religioso-culturais, a moderação discursiva, a abertura democrática aos crentes e aos não-crentes, o enfraquecimento das fundamentações essencialistas e naturalizadas, o acolhimento à alteridade e o refreamento de tendências missionárias e messiânicas que busquem enquadrar, desde fora e sem nenhuma sensibilidade, os contextos religioso-culturais localizados historicamente.
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