Um huguenote e um católico e a questão da (in)dissolubilidade do matrimônio em Luanda, no século XVII (A Gloriosa Família, de Pepetela (1997)).
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Resumo
O objetivo do estudo é evocar no romance A Gloriosa Família, do angolano Pepetela (1997), a dimensão internacional de um confronto religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guise, e a burguesia calvinista, apoiada pelos Bourbon, que culminou no massacre dos huguenotes, protestantes franceses, na noite de São Bartolomeu (1572), em Paris, e desencadeou a fuga dos sobreviventes para a Holanda e outros países. No “novo romance histórico”, que mostra a trajetória da família mestiça Van Dum, nos anos da ocupação de Luanda pelos holandeses (1641 a 1648), em acirrada competição com os portugueses pelos escravos para as plantações de cana-de-açúcar do Brasil, desenrola-se um conflito de fé e dogma entre um huguenote e um católico sobre o casamento: Jean Du Plessis e seu sogro Baltazar Van Dum. O oficial de ascendência francesa, nascido na Niederlande, aportou em Luanda (1641), como membro do exército conquistador e se casou com Matilde que cometeu adultério. Diante dessa tragédia familiar, o marido optou pela ruptura do casamento, que não tem caráter sacramental, segundo a tradição calvinista, e abalou o alicerce católico da ideologia da não dissolução matrimonial.
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