O lugar da imagem pictórica e da espiritualidade junto aos Templários e Hospitalários: estado da questão no espaço francês

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Damien Carraz

Resumo

Este artigo sublinha, em primeiro lugar, as divisões historiográficas que conduziram alguns pesquisadores a abordar a espiritualidade e a liturgia das ordens militares sem mesmo suspeitar da riqueza das imagens atestas nos espaços das comendadorias. Por seu lado, certos estudos conduzidos pelos historiadores da arte sobre os conjuntos pictóricos conservados nas capelas conventuais ignoravam largamente o contexto histórico e as características do monasticismo militar. À escala da França atual, se propõe a seguir um balanço, necessariamente provisório, do corpus iconográfico, atestado entre o século XII e o início do XIV, para as igrejas do Templo e do Hospital. O inventário dos lugares de imagens conservados não apenas é provisório, mas assaz pouco significativo, pois ele reflete, sobretudo, o estado da pesquisa – que tende mais a privilegiar o Templo – e que novas descobertas podem sempre aumentar o corpus conhecido. De um ponto de vista cronológico, se resta traços relativamente esparsos das decorações ornamentais da segunda metade do século XIII, um número não negligenciável de decorações figuradas conservadas se concentra no último terço do século XIII. Estes lugares de imagens têm apresentado especificidades ligadas à originalidade da vida regular que era seguida no seio das comendadorias? Em outros termos, as ordens militares foram portadoras de uma cultura visual ou de um pensamento figurativo próprios?

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Como Citar
CARRAZ, D. O lugar da imagem pictórica e da espiritualidade junto aos Templários e Hospitalários: estado da questão no espaço francês. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, v. 15, n. 48, p. 1191-1219, 30 dez. 2017.
Seção
Artigos/Articles: Dossiê/Dossier
Biografia do Autor

Damien Carraz, Maître de conférences/Université Clermont Auvergne Département d'Histoire

* Doctorat en histoire médiévale en 2003 à l’université Lyon. Université Blaise Pascal – Clermont-Ferrand 2 - Co-responsable du master MEEF et responsable de la formation à l’agrégation (depuis 2014). Co-responsable des stages d’archéologie des Licences 2-3. Secrétaire des Cahiers de Fanjeaux.