Letra e ressurreição: O corpo escrito de “Ana Lívia Plurabella”, de James Joyce

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Jonas Miguel Pires Samudio

Resumo

O ensaio objetiva realizar uma leitura do capítulo VIII de Finnegans Wake (2004; 2009), conhecido como “Ana Lívia Plurabella”, do escritor irlandês James Joyce. Pretendemos articular as noções de “letra” e de “ressurreição” de modo não temático, mas em uma leitura que destaca a imanência do texto, a superfície textual. Para tal, recorremos ao arcabouço teórico advindo da Teoria Literária (AMARANTE, 2009; BLANCHOT, 2011, 2005; BRANCO, 2011, 2000; LAERE, 1969; MANDIL, 2003; SCHÜLER, 2004), Teologia (AQUINO, 2002; BALTHASAR, 1971), Psicanálise (LACAN, 2007, 2009, 2008) e Filosofia (NANCY, 2001, 2006). Com isso, procuramos compreender de que modo a ilegibilidade do texto de James Joyce convida a uma leitura que privilegia a materialidade da “letra” tal como está escrita: em um movimento des-contínuo, no qual o texto é escrito como um corpo em continuidade – o texto é reconhecível como feito de letras – disruptiva – o sentido não se constrói a modo de decodificação de enredo e interpretação – que se desvanece; a esse movimento, chamamos de “ressurreição”.

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Como Citar
SAMUDIO, J. M. P. Letra e ressurreição: O corpo escrito de “Ana Lívia Plurabella”, de James Joyce. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, v. 15, n. 48, p. 1525-1543, 31 dez. 2017.
Seção
Comunicações/Papers-Communications
Biografia do Autor

Jonas Miguel Pires Samudio, UFMG

Escritor; formado em Filosofia, Teologia e Letras, com Mestrado em Estudos Literários (UFU). Atualmente, doutorando (bolsista - CNPq) em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UFMG), sobre a escrita de Maria Gabriela Llansol e a questão religiosa. E-mail: alfjonasss@yahoo.com.br.