CENTRALIDADE DA EXPERIÊNCIA E DA RELAÇÃO SOCIAL PARA A COMPREENSÃO DO ENCONTRO INTER-RELIGIOSO NA REALIDADE BRASILEIRA - DOI 10.5752/P.1983-2478.2013v8n14p362

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Miguel Mahfoud
Yuri Elias Gaspar

Resumo

Atualmente a convivência inter-religiosa é desafio central e urgente. Objetivamos nesse artigo discutir a importância da experiência (a partir de Giussani e da Fenomenologia) e da relação social (por meio da Abordagem Relacional) para compreender a constituição do encontro inter-religioso na realidade brasileira. As análises indicam que a experiência (juízo pessoal diante do vivido) é fator fundamental para compreender o encontro inter-religioso em sua unidade e diversidade. Enquanto experiência, o encontro inter-religioso é acontecimento que provoca os sujeitos envolvidos a elaborarem a própria posição diante da alteridade a partir do reconhecimento de um centro aberto e compartilhado. A cultura brasileira oferece um contexto facilitador de experiências de encontro inter-religioso baseadas no reconhecimento mútuo e na vivência profunda da própria religiosidade na relação com a alteridade. A compreensão do encontro inter-religioso enquanto relação social implica considerar os fatores intencionais e estruturais desse fenômeno. Trata-se de realidade emergente que forma os sujeitos envolvidos, e emerge como bem relacional que possibilita o reconhecimento da diferença e de um horizonte humano recíproco. A possibilidade da convivência salutar está mais em se dispor à provocação do encontro inter-religioso em sua complexidade característica do que em propor modelos abstratos para resolver os dramas da diferença. PALAVRAS-CHAVE: Experiência. Relação social. Encontro inter-religioso.

 

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Como Citar
MAHFOUD, M.; GASPAR, Y. E. CENTRALIDADE DA EXPERIÊNCIA E DA RELAÇÃO SOCIAL PARA A COMPREENSÃO DO ENCONTRO INTER-RELIGIOSO NA REALIDADE BRASILEIRA - DOI 10.5752/P.1983-2478.2013v8n14p362. INTERAÇÕES, v. 8, n. 14, p. 362-379, 20 mar. 2014.
Seção
ARTIGOS
Biografia do Autor

Miguel Mahfoud, UFMG

Possui graduação em Psicologia (1980), Mestrado em Psicologia (1990) e Doutorado em Psicologia Social (1996), todos pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Pós-doutorado na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma (2004). É Professor Associado efetivo na Universidade Federal de Minas Gerais atuando na graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado). Atualmente é editor da revista Memorandum: memória e história em psicologia (1676-1669) e coordenador do Laboratório de Análise de Processos em Subjetividade (LAPS). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: fenomenologia, cultura popular, experiência religiosa, comunidades tradicionais e psicologia e cultura, além de plantão psicológico. Nos últimos anos vem desenvolvendo o conceito de experiência elementar em suas implicações para a psicologia.

Yuri Elias Gaspar

Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Doutorando em Psicologia pela mesma instituição (bolsista CAPES). Editor Assistente da revista Memorandum: memória e história em Psicologia, Belo Horizonte.