O APOIO À ESCOLARIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS E/OU INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS?

  • Enicéia Gonçalves Mendes Universidade Federal de São Carlos
  • Ana Paula Pacheco Moraes Maturana Faculdades Integradas de Jaú
Palavras-chave: Educação Especial. Inclusão Escolar. Atendimento Educacional Especializado. Instituições Especializadas

Resumo

A luta pelo direito à educação das pessoas com deficiência intelectual (DI) no Brasil surgiu na medida em que a escola também se popularizou para a população geral. Entretanto, como no princípio as pessoas com DI não eram consideradas educáveis, suas famílias criaram instituições especializadas para acolhê-las. Paralelamente ao processo de democratização da escola pública brasileira, começou também a triagem dos alunos problemas, que tinham a oportunidade de ingressar na escola, mas que não aprendiam. A solução encontrada foi a criação de classes especiais nas escolas públicas para esse alunado que não avançava, supostamente em função de alguma deficiência intelectual leve. Assim, a educação de crianças e jovens com DI foi se organizando em escolas especiais e classes especiais, até que, no início do Século XXI, a política pública passou a priorizar a escolarização desses estudantes em classes comuns, com o apoio de atendimento educacional especializado. O presente texto discute o papel das instituições especializadas, na perspectiva da inclusão escolar, no contexto da educação brasileira. Tomando como base argumentos históricos e evidências de pesquisas, defende-se o princípio da inclusão escolar, com mudança nas diretrizes da política de Educação Especial, que envolve, dentre outras coisas, a manutenção das instituições especializadas e a resistência contra sua reconversão em centros de AEE.

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Biografia do Autor

Enicéia Gonçalves Mendes, Universidade Federal de São Carlos
Doutorado em Psicologia pelo IP-USP (1995), Mestrado em Educação Especial na UFSCar, Graduação em Psicologia na FCLRP-USP. Professora Titular da Universidade Federal de São Carlos, docente do Depto de Psicologia, do Programa de Pós-Graduaçao em Educação Especial, coordenadora da rede de pesquisadores do Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP), líder do Grupo de Pesquisa sobre Formação de Recursos Humanos em Educação Especial (GP-FOREESP). Coordenadora do Programa de Extensão sobre Formação Continuada em Educação Especial PROEX/UFSCAR) . Estágios no exterior (Estados Unidos, França, México e Peru), e pós-doutorado na Université Paris V- Sorbonne na França (2007-2008). Atua na área de Educação com ênfase em Educação Especial. Desenvolve e orienta pesquisas sobre inclusão escolar e política educacional. Atual Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores da Educação Especial (ABPEE). Presidente da comissão Organizadora do IV, V, VI e VII Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE). Membro do Comitê Assessor do CNPq. Bolsista Produtividade em Pesquisa 1C do CNPq.
Ana Paula Pacheco Moraes Maturana, Faculdades Integradas de Jaú
Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos na linha de pesquisa "Produção científica e formação de recursos humanos em Educação Especial". Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem na linha de pesquisa "comportamento e saúde" na UNESP Campus de Bauru. Bolsista de Mestrado CAPES/DS 2010. Graduada em Psicologia pela UNESP- BAURU. Desenvolveu atividades como bolsista CNPQ do projeto "Avaliação de um instrumento de adequações Curriculares para o atendimento às necessidades educacionais especiais". Atualmente atua como docente nos cursos de Psicologia e Pedagogia nas Faculdades Integradas de Jahu desenvolvendo e coordenando grupo de pesquisa na área "Psicologia e Educação Especial".
Publicado
14-09-2016
Seção
ARTIGOS/ARTICLES