FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E DIVERSIDADE SEXUAL: ATRAVESSAMENTOS E REFLEXÕES SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

  • Maria Madalena Silva de Assunção Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Laís Ribeiro da Silva UNESP – Araraquara/SP
Palavras-chave: Sexualidade, LGBT, Formação em Psicologia

Resumo

O presente estudo buscou compreender se os estudantes concluintes do curso de Psicologia se sentem aptos a atender as demandas profissionais que permeiam a diversidade sexual. Na atualidade, mídias como TV, revista, jornal e Internet, diariamente, divulgam manchetes abordando questões sobre a sexualidade, tais como contracepção, as DST, erotização, diversidade de gênero, violência, entre outros. No que tange à diversidade sexual, as pautas voltadas para homossexualidade e identidade de gênero atravessam contextos sociais e políticos. O tema sobre formação acadêmica e diversidade sexual torna-se mais urgente, diante de sua crescente visibilidade, graças aos relatos de agressão, violação de direitos, preconceito e discriminação. Para o desenvolvimento desta pesquisa realizou-se uma revisão bibliográfica discutindo aspectos referentes à formação acadêmica, sexualidade humana e diversidade sexual. Para a coleta de dados, foram feitas entrevistas com doze alunas(os) do 10º período do curso de Psicologia. Percebeu-se nas falas das(os) participantes um baixo investimento pessoal e baixa compreensão do tema da diversidade sexual, assim como uma responsabilização apenas da universidade pela sensação de despreparo na atuação profissional com o segmento LGBT[1]. Observa-se que reconhecer as lacunas, limitações e dificuldades encontradas na formação do psicólogo subsidia a busca pela melhoria da atuação profissional, bem como permite refletir quais pontos, para além da culpabilização das instituições, são destacados nas avaliações dos entrevistados sobre a formação acadêmica. Entende-se, também, que as informações sobre os diferentes temas referentes à comunidade LGBT, de cunho político e social, são questões que transcendem a formação acadêmica e os muros da universidade, necessitando ainda de investimento em políticas públicas direcionadas a esse grupo e do interesse das(os) alunas(os) por um maior conhecimento, compreensão e proximidade com a temática LGBT.

[1] Atualmente tem-se utilizado também a sigla LGBTQIA (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queers, Intersexuais e Assexuais) ou a sigla LGBT+.

 

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Biografia do Autor

Maria Madalena Silva de Assunção, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora da Faculdade de Psicologia da PUC Minas.
Laís Ribeiro da Silva, UNESP – Araraquara/SP
Bacharel em Psicologia pela PUC Minas São Gabriel. Especialização Clínica Psicanalítica pela PUC Minas. Mestranda em Educação Sexual pela UNESP – Araraquara/SP
Publicado
07-03-2018
Como Citar
ASSUNÇÃO, M. M. S. DE; SILVA, L. R. DA. FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E DIVERSIDADE SEXUAL: ATRAVESSAMENTOS E REFLEXÕES SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 5, p. 392-410, 7 mar. 2018.