CUIDADOS PALIATIVOS: UMA PERSPECTIVA DE VIDA DIANTE DA MORTE
Resumo
Este estudo buscou compreender o sentido que pacientes e/ou familiares atribuem à vida diante da morte anunciada através dos Cuidados Paliativos. Fez-se uma pesquisa documental, utilizando-se o método fenomenológico, analisada sob a ótica da Fenomenologia Existencial e da Teoria do Sentido. Os documentos pesquisados dizem respeito a Relatórios de Acompanhamento Psicológico realizados em um hospital geral da cidade de Belo Horizonte, entre setembro e dezembro de 2015. Ao analisar estes casos à luz dos critérios propostos por Viktor E. Frankl sobre o sentido da vida chegou-se à conclusão que, mesmo com a morte anunciada, pacientes e/ou familiares continuam investindo nos modos de cuidar da vida e é imprescindível que se possa dar vazão à manifestação das existências que vivenciam este processo. Sendo assim, investigar o sentido da existência destes pacientes pode auxiliar o trabalho da equipe rumo à construção da qualidade de vida frente ao processo de morte.Downloads
Referências
ANDRADE, Celana Cardoso; HOLANDA, Adriano Furtado. Apontamentos sobre Pesquisa Qualitativa e pesquisa empírico-fenomenológica. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 27, n. 2, p. 259-268, jun. 2010.
BANTIM, Viviane Domingos da C. S. A despedida da vida no processo de morte: último fenômeno da existência. Revista IGT na Rede, Rio de Janeiro, v.5, n.9, p.105-113, 2008.
CAPALBO, CREUSA. Fenomenologia e ciências humanas. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2008. p. 167.
CAPUTO, Rodrigo Feliciano. O homem e suas representações sobre a morte e o morrer: um percurso histórico. Revista Multidisciplinar da UNIESP, [S.l.], n.6, dez. 2008. Disponível em: <http://www.uniesp.provisorio.ws/revista/revista6/pdf/8.pdf>. Acesso em: 11 set. 2017.
CERBONE, David R. Fenomenologia. Tradução de Caesar Souza. Petrópolis: Vozes, 2012. 292p.
CRITELLI, Dulce Mára. Analítica do sentido: uma aproximação e interpretação do real de orientação fenomenológica. São Paulo: Brasiliense, 1996. 140p.
FEIJOO, Ana Maria Lopez Calvo; MATTAR, Cristine Monteiro. A Fenomenologia como método de investigação nas Filosofias da Existência e na Psicologia. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v.30, n. 4, p.441-447, 2014.
FRANCO, Maria Helena Pereira. Psicologia. In: CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cuidado Paliativo. São Paulo: CREMESP, 2008, p.74-76. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Publicacoes&acao=detalhes&cod_publicacao=46>. Acesso em: 11 set. 2017.
FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. 31 ed. rev. Tradução de Walter O. Schlupp e Carlos C. Aveline. São Leopoldo: Sinodal, 2011. 184p.
HERMES, Hélida Ribeiro; LAMARCA; Isabel Cristina Arruda. Cuidados Paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.18, n.9, p.2577-2588, jun. 2013.
MACIEL, Maria Goretti Sales. Definições e Princípios. In: CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cuidado Paliativo. São Paulo: CREMESP, 2008, p.15-32. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Publicacoes&acao=detalhes&cod_publicacao=46>. Acesso em: 11 set. 2017.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NUNES, Katiúscia Caminhas et al. História, equipe de saúde e a atuação do psicólogo diante da morte. In: SANTOS, Liliane Cristina et al. Psicologia, Saúde e Hospital: contribuições para a prática profissional. Belo Horizonte: Editora Artesã, 2015. p. 209-221.
PAULINI, Marina Machado. Reflexões sobre a postura fenomenológica diante do morrer. Revista IGT na Rede, Rio de Janeiro, v.4, n.6, p.92-113, 2007.
SAPIENZA, Bilê Tatit. Conversa sobre Terapia. São Paulo: EDUC, 2004. 160p.
SOMMERHALDER, Cinara. Sentido da vida na fase adulta e velhice. Psicologia: Reflexão e Crítica, [S.l], v.23, n.2, p.270-277, 2010.
WERLE, Marco Aurélio. A Angústia, o Nada e a Morte em Heidegger. Trans/Form/Ação, São Paulo, v.26, n.1, p.97-113, 2003.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação inicial, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY 4.0, e pelos direitos de publicação. Os autores podem publicar seus trabalhos on-line em repositórios institucionais / disciplinares ou nos seus próprios sites.