A INFLUÊNCIA DOS ARGENTINOS DO GRUPO PLATAFORMA NA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA

  • Henrique Galhano Balieiro Instituto Félix Guattari
  • Renata Dumont Flecha PUC Minas
Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica, Movimentos Sociais, Saúde Mental, Gregorio Baremblitt, Migração

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo principal revisitar o percurso histórico do movimento da Luta Antimani-comial, destacando a influência dos profissionais emigrantes argentinos do Grupo Plataforma no processo da reforma psiquiátrica brasileira. Esse movimento, que sucede o Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental, com enfoque nos relatos de Gregorio Baremblitt, em entrevista exclusiva que trazem reflexões importantes sobre o tema.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Henrique Galhano Balieiro, Instituto Félix Guattari

É psicócolo e atualmente é membro do Instituto Felix Guattari/Fundação Gregorio Baremblitt, representa a Instituição no Conselho Estadual de Direitos Humanos (2016-2019) e no Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento do Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo - COMITRATE (2017-2019) além de desenvolver projetos de reabilitação psicossocial com os usuários trabalhadores da rede de saúde mental (Associação SURICATO) e na realização de atendimento psicoterapêutico com imigrantes e refugiados residentes na região metropolitana de Belo Horizonte.

Renata Dumont Flecha, PUC Minas
Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1984), graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991), Mestrado em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999), Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009). Atualmente é Professora Adjunto IV da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Professora Adjunto I do UNIBH. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Educação, Psicanálise, Psicologia Social, Religião e suas interlocuções.

Referências

AMARANTE, P. Asilados, alienados, alienistas: uma pequena história da psiquiátrica no Brasil. In Amarante P. (org.) Psiquiatria social e reforma psiquiátrica. 1. ed. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1994, p.73-84.

AMARANTE, P. Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1998.

BAREMBLITT, G. Ato psicanalítico e ato político. 1. ed. Belo Horizonte:Segrac, 1987.

BAREMBLITT, G. Entrevista. Entrevista Gregorio Baremblitt, jun. 2016. Entrevista concedida a Henrique Galhano Balieiro.

BASAGLIA, F; BASAGLIA, F. O. Folia/delirio. In BASAGLIA F.O. (Org.) Franco Basaglia Scritti II 1968-1980: Dall'apertura del manicomio alla nuova legge sull'assistenza psichiatrica. Torino (Itália): Giulio Einaudi, 1982. p.411-444.

CARDOSO, I. A geração dos anos de 1960: o peso de uma herança. Tempo Sociologico. v.17, n.2, p. 93-107,2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-0702005000200005 Acesso em 10 nov. 2015.

DAGFAL, A. A. O ingresso da psicanálise no sistema de saúde pública na Argentina. Psicol. estud., v.14,n.3, p.433-438, 2009. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722009000300003 Acesso em 08 Abril 2016.

FOUCAULT, M. História da Loucura na Idade Clássica. São Paulo: Ed. Perspectiva ,1972.

HUR, D. U. Trajetórias de um pensador nômade: Gregório Baremblitt. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v.14 (3), p.1021-1038, 2014.

KESSELMAN, H. Plataforma Internacional: psicanálise e anti-imperialismo. In: LANGER, M.; BALUELO, A. (orgs) Questionamos a Psicanálise e suas Instituições. v.2, Petrópolis:Vozes, 1973 p.246-250.

KOLTAI, C. Algumas considerações sobre o II Encontro Latino-Americano e VI Internacional da Rede de Alternativas à Psiquiatria, Belo Horizonte, 28.10 a 3.11.83. Rev. adm. Empres., São Paulo , v.24,n.1, p. 51-53. Disponível em http://www.scielo.br. Acesso em 19 abr. 2016.

LANGER, M.; BAULEO, A. (orgs) Questionamos a Psicanálise e suas Instituições. v.2, Buenos Aires (Argentina): Granica, 1973. p.278.

LIMA, R. S. Análise Institucional no Rio de Janeiro entre 1960 e 1990. Revista ECOS, v.2, p. 61-73, 2012.

MACHADO, R. e. al. Danação da norma: a medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978.

MAIA, R. C. M.; FERNANDES, A. B. O movimento antimanicomial como agente discursivo na esfera pública política. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 48, p.158-230, 2002.

PITTA, A. M.F. Um balanço da reforma psiquiátrica brasileira: instituições, atores e políticas. Ciência e Saúde Coletiva, v.16, n.12, p.4579-4589, 2011.

RODRIGUES, H. B. Notas sobre o paradigma institucionalista:preâmbulo político-conceitual às aventuras históricas de "sócios" e "esquizos" no Rio de Janeiro. Transversões: periódico do Programa de Pós-Graduação da Esso UFRJ, v.1, n.1, p. 169-199, 1999a.

RODRIGUES H. B. C.; FERNANDES, P.J.; DUARTE, M. G. S. Breve História da Constituição do Grupo Plataforma Argentino. In: JACÓ-VILELA A. C. CLIO-PSYCHÉ HOJE - Fazeres e Dizeres PSI na História do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2011.

RODRIGUES H. B. C.; FERNANDES, P.J.; DUARTE, M. G. S. Os “psicanalistas argentinos” no Rio de Janeiro. In: JACÓ-VILELA A. C, CLIO-PSYCHÉ HOJE - Fazeres e Dizeres PSI na História do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2011.

SOALHEIRO, N. I. Da experiência subjetiva à prática política: a visão do usuário sobre si, sua condição, seus direitos. 2003. 189 f. Tese (Doutorado – Área de Concentração em Saúde Pública) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fiocruz, Rio de Janeiro, 2003.

VASCONCELOS, E. M. Impasses políticos atuais do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial (MNLA) e propostas de enfrentamento: se não nos transformamos, o risco é a fragmentação e a dispersão política. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, v.4, n.8, p.57-67, 2012

Publicado
07-03-2018
Como Citar
GALHANO BALIEIRO, H.; DUMONT FLECHA, R. A INFLUÊNCIA DOS ARGENTINOS DO GRUPO PLATAFORMA NA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 5, p. 207-224, 7 mar. 2018.