RELATO DE EXTENSÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL JURÍDICA NO CENTRO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

  • Juliana Silveira Di Ninno Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Helen Beatriz Baltar Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Fernanda Simplício de Faria Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Palavras-chave: Projeto de extensão, Reconhecimento de paternidade, Parentalidade, Papéis de gênero

Resumo

O presente artigo aborda as ações desenvolvidas pelo projeto de extensão “Rebordando histórias: a extensão com famílias no sistema de justiça”, vinculado ao curso de Psicologia da PUC Minas, no Centro de Reconhecimento de Paternidade (CRP) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A partir do referencial teórico da Psicologia Social Jurídica entende-se que a paternidade vai além do registro documental, envolvendo outras questões relacionadas ao pertencimento, organização interna de cada família, definição social de papéis em virtude do gênero, entre outros aspectos importantes ligados à história e cultura. Assim, é explanado de que forma foram realizadas pelas extensionistas do projeto as intervenções na sala de espera e durante as audiências do CRP, com o objetivo de abordar a temática responsabilidade parental, sendo observados a expectativa de mães e supostos pais quanto ao seu dever e direito para com os filhos. Concluiu-se que o conceito de paternidade precisa ser melhor compreendido tanto pelo público atendido, quanto pelos profissionais e estagiários que lidam com as famílias atendidas no serviço, visando ampliar o conceito de responsabilidade parental do registro para a convivência socioafetiva com os filhos, sem perder de vista os atravessamentos de gênero que influenciam a  construção da paternidade.

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Biografia do Autor

Juliana Silveira Di Ninno, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-graduanda em Terapia de Casal, Fam´ília e Sistemas Amplos pela Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais. Extensionista do projeto "Rebordando Histórias: a extensão com famílias do sistema de justiça".

Helen Beatriz Baltar, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Graduanda em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Extensionista do projeto "Rebordando Histórias: a extensão com famílias no sistema de justiça".

Fernanda Simplício de Faria, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Psicóloga Judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Docente Adjunto I do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais ?PUC Minas. Atualmente coordenadora de Extensão da Faculdade de Psicologia/Puc Minas e dos projetos de extensão Paraopeba - Coordenação de Acompanhamento Metodológico e Finalístico e Rebordando Histórias: a extensão com famílias no sistema de justiça. Doutora em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ. Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras UFLA. Pós-graduada em Educação Especial para Talentosos e Bem Dotados UFLA. Especialista em Psicologia Jurídica pelo Conselho Federal de Psicologia. Integrante do Grupo de Pesquisa - CNPq denominado Núcleo de Pesquisa em Psicologia Jurídica (NPPJ), cujo enfoque é a relação entre a Psicologia e o Direito, estudando a atuação do psicólogo em três principais áreas: Infância/Juventude, Família e Penal. Autora do livro: Paternidade no cenário da violência contra a mulher- a convivência paterno-filial à luz da Lei Maria da Penha

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Publicado
20-03-2022
Como Citar
DI NINNO, J. S.; BALTAR, H. B.; DE FARIA, F. S. RELATO DE EXTENSÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL JURÍDICA NO CENTRO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 6, n. 12, p. 295-310, 20 mar. 2022.
Seção
Artigos de temática livre