A HISTERIA E SUAS NOVAS NUANCES

  • Luciene Aparecida Silva
  • Ilka Franco Ferrari
Palavras-chave: histeria, histeria rígida, acontecimento de corpo, falo

Resumo

A histeria guarda um lugar de destaque na história da clínica psicanalítica. Freud deu a ela a marca do complexo de Édipo e do amor ao pai como bússolas para sua escuta. Por sua vez, Lacan mostrou como esses aspectos se mostram insuficientes para abordar a neurose que, na atualidade, traz as marcas do discurso capitalista e não responde mais aos apelos do pai e do Édipo. A histeria rígida, apresentada no contexto da introdução do nó borromeano, segue essa orientação, pois mostra a recolocação do lugar do pai em termos nodais, do sintoma como acontecimento de corpo que ultrapassa sua face decifrável e, por fim, do falo no registro da falácia e da verificação dos efeitos do real. São vias pelas quais se deve ler a neurose hoje, visando que a interpretação do analista alcance o corpo falante para produzir, com ele, um acontecimento e não apenas sentido.

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Publicado
01-12-2021
Seção
Artigos / Articles / Artículos