Intersubjetividade na Psicanálise: contornando a problemática solipsista ou rompendo com o pensamento moderno?

  • Mariana Gouvêa de Matos Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC - Rio
  • Carolina Lampreia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC - Rio
Palavras-chave: Intersubjetividade, psicanálise, filosofia da linguagem, solipsismo

Resumo

A dimensão da intersubjetividade como constitutiva da subjetividade pode ser considerada aquisição recente da teoria psicanalítica, constituindo-se em uma possibilidade teórica para contornar o solipsismo moderno. No campo filosófico, a problemática cartesiana acarretou o desenvolvimento do estudo da linguagem basicamente em duas direções, resultando em duas concepções dominantes de linguagem contrapostas na contemporaneidade: a objetivista/representacionista e a construtivista/pragmática. No presente artigo pretendeu-se discutir o conceito de intersubjetividade tal como vem sendo utilizado pela Psicanálise, debatendo os usos e as ideologias a ele subjacentes de acordo com essas duas concepções filosóficas de linguagem, por meio de um estudo teórico. Conclui-se que o uso do conceito de intersubjetividade pela psicanálise parece servir mais para contornar a problemática solipsista do que romper com o pensamento moderno.

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Biografia do Autor

Mariana Gouvêa de Matos, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC - Rio

Mestranda em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Carolina Lampreia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC - Rio

Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do Departamento de Psicologia da PUC-Rio.

Publicado
21-12-2018
Seção
Artigos / Articles / Artículos