Memórias sociais e a construção da identidade em territórios negros

  • GILMARA SANTOS MARIOSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Palavras-chave: Memórias, Religião afro, Território, Negros, Identidade

Resumo

Este artigo reflete um debate sobre a relação entre territórios negros, práticas
religiosas, construção da identidade da população negra e como as memórias
e representações sociais têm influência nesse processo. As práticas religiosas
de matriz africana estão diretamente relacionadas com os referenciais
identitários da população afrodescendente. Sabemos que essas práticas são
um grande e importante legado deixado pelos africanos no Brasil para seus
descendentes, no entanto as memórias dessas práticas estão sendo marcadas
pelo esquecimento e as representações sociais ancoradas com práticas
demoníacas relacionadas ao mal. Isso faz com que os praticantes não queiram
se identificar com essas manifestações e procurem um distanciamento,
enquanto os não praticantes os veem como pessoas que praticam ações que
causam prejuízos. O resultado são atitudes de intolerância e discriminação.

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Biografia do Autor

GILMARA SANTOS MARIOSA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Gilmara Santos Mariosa é psicóloga pela UFJF, Mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2007, foi professora da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade Presidente Antônio Carlos; foi Presidente do Centro de Referência da Cultura Negra (CERNE) e Coordenadora de Articulação Externa do Núcleo de Psicologia Social. Funcionária da Câmara Municipal de Juiz de Fora, no Centro de Atenção ao Cidadão atua nos projetos sociais: “Diversidade: somos todos diferentes” que trata da inclusão social e combate à discriminação contra negros, idosos e pessoas com deficiência;  na “Escola de cidadania” que oferece curso de formação para a cidadania para lideranças comunitárias e na “Escola do Legislativo” que atua oferecendo capacitação externa e interna. Atuou no Projeto “Cidadania Quilombola” desenvolvido em convênio entre o CERNE e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal; no Projeto: “SOS Racismo” do CERNE de atendimento multiprofissional a vítimas de discriminação racial; no “Programa de Prevenção à Criminalidade” desenvolvido em parceria entre a Elo-inclusão e Cidadania e a Secretaria de Prevenção à Criminalidade do Governo do Estado de Minas Gerais, o programa trata do monitoramento e acompanhamento de Penas alternativas e inclusão social e produtiva de egressos do Sistema Prisional. É pesquisadora do Grupo de Pesquisas ANIME - Antropologia, Imaginário e Educação da Universidade Federal de juiz de Fora. áreas de atuação: psicologia social e comunitária, religiões de matriz africana, memória e representações sociais, inclusão social.

 

 

Publicado
01-04-2016
Seção
Artigos / Articles / Artículos