O gênero memorial e a validação do “saber da experiência”: três perspectivas sobre uma prática docente bem sucedida
Resumo
Bakhtin (2003, p. 282) afirma que “a língua penetra na vida através dos enunciadosconcretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vidapenetra na língua”. Há gêneros que retratam a vida de forma mais acurada, como o“memorial”. No âmbito do PIBID (CAPES/ PUC Minas), buscamos manter efetivainterlocução entre ensino superior e educação básica, com objetivo de avaliarestratégias positivas de ensino e de, proativamente, construir com os participantesnovos contextos de aprendizagem, em que se percebam pensantes, capazes designificar, (re)construir sentidos e escrever prazerosamente, em que osconhecimentos formais constituam meio (e não fim) para o desenvolvimento dehabilidades e competências. Um diagnóstico realizado nas escolas parceirasdetectou grande dificuldade em relação a competências de leitura e escrita por partedos alunos do ensino médio. Como proposta de intervenção, a equipe da Letras tempromovido ações para o aprimoramento de competências comunicativas dosenvolvidos, utilizando diferentes possibilidades de ensino de Língua Portuguesa.Para fundamentar os três subprojetos de intervenção (crônicas; memorial; jornalmural), buscou-se aporte teórico sobre gêneros (Bakhtin, 2003; Dionísio et ali, 2010;Koch 2003, Costa Val, 2004; Prado e Soligo, 2007; entre outros). Aqui se destaca osubprojeto "Memorial” – tanto pela qualidade do material produzido, quanto pelapossibilidade formativa e grau de autonomia de pesquisa exigida. Alunos do 3º ano,contaram sobre pessoas, momentos e fatos que marcaram suas vidas, e, aliando auma manifestação artística, ilustraram seus registros com obras de arte com que seidentificassem. Respaldaram este projeto: a) a crença na relevância de os sujeitosse dizerem, refletirem sobre sua trajetória de formação; b) o registro e seu poder deperenizar o relatado, potencializando transformação em interdiscursos que sepodem cruzar e consolidar maneira nova de ver/fazer algo; c) o valor da escritacomo ferramenta indispensável à interação consigo e com o outro, e da narrativacomo forma de (re)construção identitária.Downloads
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