A 'alegria': tema rosiano ou princípio estético e filosófico?

  • Kathrin Rosenfield UFRGS
Palavras-chave: Guimarães Rosa, alegria, reto prazer, estética e filosofia, Aristóteles, Poética

Resumo

É bem conhecida a importância que Aristóteles atribui ao "reto prazer" simultaneamente sensível e cognitivo na Poética. Rosa transforma este elemento no tema aparentemente tão brasileiro e rosiano da "alegria". Elucidaremos, de um lado, as estratégias com as quais Rosa se inscreve firmemente numa longa tradição filosófica e estética; do outro, seu gênio de inovador-despistador, que esconde os problemas filosóficos e funde a reflexão nas figuras concretas de suas histórias. Nelas, apanhamos apenas a lógica implícita do pensamento discursivo, que se apodera de nós com a leveza do prazer - da alegria.

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Referências

BIZZARRI, Edoardo. Correspondência com seu tradutor italiano Edoardo Bizzarri. São Paulo: T. A. Queiroz, 1981.

DOSTOIÉVSKI, FiÓdor M. Les démons. Paris: Gallimard, 1955.

GOETHE, J. W. von. Allgemeine Naturlehr: Sämtliche weke. Deutscher Klassiker Verlag, 1986, v. 14.

LORENZ, G. Dialog mit Lateinamerika: panorama einer literatur der Zukunft Tübinger: H. Erdmann, 1970.

Publicado
14-10-1998
Como Citar
ROSENFIELD, K. A ’alegria’: tema rosiano ou princípio estético e filosófico?. Scripta, v. 2, n. 3, p. 171-177, 14 out. 1998.
Seção
Especial Guimarães Rosa