A relação entre os recursos linguísticos de coesão e a variação de coerência
Resumo
Neste artigo propõe-se que se pode falar em variação de coerência, entendida esta variação como o fato de que os textos podem ser vistos como mais coerentes, conforme se tenha um acesso mais ou menos fácil e/ou direto a um sentido que eles podem fazer. A partir dessa assunção, discute-se, levantando uma série de casos e evidências, agrupados em tipos de fatos, como os mecanismos de coesão e os recursos que os realizam podem afetar o "grau" de coerência, ao afetar o como usuários de textos percebem a legibilidade dos mesmos, o que pode ser visto como variação de coerência.Downloads
Referências
GARVEY, C; CARAMAZZA, A e YATES, J. Factors influencing assignement of pronouns antecedents. Cognition, n. 3, p. 227-244, 1974.
HALLIDAY, M.A.K. e;: HASAN, Ruga ia. Language, context and text: aspects of languagc in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Prcss, 1989.
HASAN, Rugaia. Coherence and cohesive harmony. In FLOOD, J. (Org.). Understanding reading comprehension. Delaware: Internacional Reading Association, 1984.
KARTTUNEN, I. Discourse referents. In: McCAWLEY (Ed.). Syntax and semantics. New York: Academic Press, 1976. v. 7.
KOCH , Ingedore Villaça Grunfel. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989.
KOCH, lngedore Villaça Grunfeld, TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
KOCH , Ingedore Villaça Grunfeld, TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1990.
KUNO, S. Three perspectives in the functional aproach to syntax. In: GROSSMAN, SAN e VANCE (Ed.). Papers from the parassession of functionalism. Chicago: Chicago Linguistics Society, 1975.
MARATSOS, M. The effects of stress on the understanding of pronominal co-reference in English. Journal of Psycholinguistics Research, n. 2, p. 1-8, 1973.
MEYER-HERMANN, R. Some topics in the study of referentials in portuguese. In SCHIMIDT-RADEFELDT, J. (Ed.). Readings in Portuguese linguistics. Amsterdã: North-Holland, 1976.
MIRA MATHEUS. Maria Helena et al. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 1983.
OAKHILL, J. & GARNHAM, A. Lingüistic prescriptions and anaphoric reality. Text, v. 12, n. 2, p. 161-182, 1992.
POSTAL. P. M. Anaphoric islands. Chicago Linguistics Society, n. S, p. 205-239, 1969.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Um estudo textual-discursivo do verbo no Português do Brasil. Campinas: IEL/UNICAMP, 1991. (Tese. Doutorado em Lingüística).
WEBBER, B. L. Syntax beyond the sentence: anaphora. In: SPIRO, BRUCE & WEBBER (Ed.). Theoretical issues in reading comprehension. Hillsdale: LEA, p. 41-1 64, 1980.
WEINRICH, Harald. Lenguage en textos. Madrid: Credos, 1981.
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
- a inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), e
- órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
- todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".