A tormenta da escrita - uma leitura do romance O manual dos inquisidores, de António Lobo Antunes
Resumo
O manual dos inquisidores parece tratar de um tema aparentemente banal: a ascensão e a queda de um poderoso. O poder, entretanto, é aqui volatilizado e desestabilizado por uma escrita que esconde um saber inoperante, ou um não-saber, um discurso inútil e mentiroso, que se desenvolve a partir de si mesmo, eliminando o caráter retórico, mitológico ou ideológico da literatura. Este estudo pretende evidenciar a atormentada busca do absoluto poresta escrita que rompe com a narrativa utilitária para se fazer arte em suas excentricidades e em seus excessos.Downloads
Referências
ANTUNES, António Lobo. O manual dos inquisidores. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BLANCHOT, Maurice. Le livre à venir. Paris: Gallimard, 1998.
COMPAGNON, Antoine. Os cinco paradoxos da modernidade. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996.
RANCIÈRE, Jacques. Políticas da escrita. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
FOUCAULT, Michel, BLANCHOT, Maurice. Maurice Blanchot: the thought from the outside/Michel Foucault as I imagine him. N. York: Zone Books, 1987.
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