De gatos, poemas e sorrisos: a "gatografia" de Ana Cristina César
Resumo
Ana Cristina Cesar criou dez poemas, reunidos em seu Inéditos e dispersos (1998), que giram em tomo da figura do gato e do que seria uma "gatografla", neologismo cunhado pela própria Ana C. para definir seu trabalho poético. Em busca dos mecanismos e do sentido desse fazer criativo, nosso ensaio propõe uma análise de um dos poemas que compõem a série das "gatografias": "Arte-manhas de um gasto gato", exercício lúdico-poético em que se pratica - e reflete-se sobre - a tão felina artimanha de furtar, que se faz correspondente à tão moderna arte de citar. Exemplo de uma escrita como "ladroagem" (termo caro a Ana C.), o poema funda-se numa poética da releitura, fazendo-se espaço de encontro e diálogo de diferentes vozes da tradição literária moderna (Baudelaire, T. S. Eliot, Drummond, entre outros), de que Ana C. gatunamente se apropria, transformando-as criativamente.
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