Mirante da cidade e o tempo que reluz: rememorações na obra Os canhões do silêncio, de José Chagas

  • Silvana Maria Pantoja dos Santos Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Ernane de Jesus Pacheco Araújo Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Palavras-chave: Literatura brasileira, Teoria Literária, Crítica Literária

Resumo

A obra “Os canhões do silêncio” (2002) do poeta naturalizado maranhense José Chagas tem como lugar de rememoração o mirante: espaço de construção elevada dos casarões coloniais que ambienta os centros históricos, nesse particular, o da cidade de São Luís, do Maranhão. O mirante erige-se como um monumento edificado entre passado/presente, é visto na poética de Chagas como o lugar de acolhimento do tempo, que vai reconstruindo e reconfigurando memórias. No mirante, lugar do dizer poético, espaço e tempo se fundem, convertendo-se em uma unidade indissociável que se dilui na subjetividade do eu lírico. As imagens do passado, reconfiguradas poeticamente, testemunham memórias no (des)contínuo processo de ser e estar no mudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvana Maria Pantoja dos Santos, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Universidade Estadual do Piauí - UESPI


Dra. em Teoria Literária. Profa. do Mestrado em Letras da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA e do Mestrado em Letras da Universidade Estadual do Piauí - UEPIS. Profa. de Literatura de Língua Portuguesa de ambas Universidades. Atua nas Linhas de Pesquisa Literatura, Memória e Espaço; Literatura, Cultura e Cidade.

Ernane de Jesus Pacheco Araújo, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Mestrando em Letra, área de concentraçãoTeoria Literária. Especialista em Língua Portuguesa. Professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e da Rede Estadual do Maranhão (SEDUC-MA).

Referências

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. Tradução de Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

BERGSON, Henri. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.

CHAGAS, José. Os canhões do silêncio. 3 ed. São Paulo: Editora Siciliano, 2002.

DOBAL, H. A cidade substituída. In: Poesia reunida. 2. Ed. Teresina: Oficina da Palavra, 2005.

HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. Rio de Janeiro: Vozes, Bragança Paulista; São Paulo: Editora Universitária de São Francisco, 2003.

SANTOS, Silvana Maria Pantoja dos. Literatura e memória entre os labirintos da cidade: representações na poética de Ferreira Gullar e H. Dobal. São Luís: Editora da UEMA, 2015.

Publicado
21-12-2018
Como Citar
DOS SANTOS, S. M. P.; ARAÚJO, E. DE J. P. Mirante da cidade e o tempo que reluz: rememorações na obra Os canhões do silêncio, de José Chagas. Scripta, v. 22, n. 46, p. 103-114, 21 dez. 2018.