Discurso e mídia: totalitarismo e linguagem totalitária

  • Hugo Mari PUC Minas
  • Eliara Santana PUC Minas
Palavras-chave: Mídia. Discurso. Poder. Linguagem. Totalitarismo

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre as bases da emergência de uma linguagem - ou de linguagens - totalitária(s), tomando o contexto da crise sociopolítica que se intensifica no Brasil a partir de 2016. Para estruturar essa reflexão, partimos da abordagem de Hannah Arendt sobre totalitarismo e de autores do campo da linguagem e do discurso que discutem as relações que se estabelecem entre linguagem e poder, tomando a mídia como instância relevante nesse processo e o sistema de propaganda como instrumento primordial dessa linguagem. Portanto, se se pode pensar no espectro de uma linguagem totalitária, que caraterísticas a definem? Quais as bases que a sustentam e em que contextos pode emergir?  E, sobretudo, qual o papel da mídia nessa configuração? 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hugo Mari, PUC Minas
Possui doutorado em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais e realizou, em 2001, estágio de pós-doutorado na Université Paris XIII. Atualmente, é professor do Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas e sua atividade de pesquisa e de docência está voltada para as áreas de semântica, pragmática, cognição e análise do discurso.

Referências

ALTHUSSER, Louis. Ideologia e aparelhos ideológicos de estado. Lisboa: Editorial Presença, 1974.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo - Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012

BOURDIEU, P. A história do fim. Folha de São Paulo, maio/1990, p. 3.

FAYE, Jean-Pierre. Poética e Narrativa. In: Introdução às linguagens totalitárias. Teoria e transformação do relato. São Paulo: Perspectiva, 2009.

FAYE, Jean-Pierre. Langages totalitaires, la crise, la guerre. In : TURPIN, Béatrice. (Dir.) Victor Klemperer. Repenser le langage totalitaire. Paris : CNRS Editions, 2012. p. 17-33.

FUKUYAMA, F. O fim da História e o último homem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.

LASSWELL, Harold D. A linguagem do poder; O estilo na linguagem da política. In: Linguagem na Política. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1979.

PRADO COELHO, E. Aplicar Barthes. In: BARTHES, R. O prazer do texto. Lisboa: Edições 70, 1988. p.9-30.

ROBIN, Régine. História e Linguística. São Paulo: Cultrix, 1973.

TURPIN, Béatrice. Sémiotique du langage totalitaire. In : AUBRY, Laurence; TURPIN, Béatrice (Dir.). Victor Klemperer. Repenser le langage totalitaire. Paris : CNRS Editions, 2012, p. 59-75.

Publicado
31-10-2018
Como Citar
MARI, H.; SANTANA, E. Discurso e mídia: totalitarismo e linguagem totalitária. Scripta, v. 22, n. 45, p. 205-218, 31 out. 2018.