O traço e a troça: o riso como metáfora da Semana de Arte Moderna

  • Ivana Ferrante Rebello
Palavras-chave: Semana de arte moderna, Humor, Ruptura, Nacionalismo

Resumo

A Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, em São Paulo, continua sendo referência para reflexões estéticas e para a crítica de arte do Brasil, passados cem anos do evento. Podemos considerar o evento como uma espécie de discurso fundador do movimento modernista brasileiro, pois mesmo que identifiquemos diferentes leituras da modernidade e diferentes modernismos, e ainda que reconheçamos o caráter excludente e pouco representativo da arte nacional ali exposta, a data ficou marcada como o início do processo de atualização da arte brasileira. Consideramos como efeito imediato do festival a estratégia do escândalo e o discurso radical de ruptura com o passado e a forte presença do humor, que passa a ser a linguagem com a qual se tentou outros caminhos, para nossa expressão artística.

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Referências

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Publicado
28-02-2023
Como Citar
Rebello, I. F. (2023). O traço e a troça: o riso como metáfora da Semana de Arte Moderna. Scripta, 26(58), 79-98. https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n58p79-98
Seção
Dossiê temático: Literatura e outras mídias