Os vários tons de uma guerra imaginada: duas visões femininas sobre a guerra colonial de Moçambique

  • Denise Borille de Abreu Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Palavras-chave: Literaturas de língua portuguesa, Literatura moçambicana, Escrita feminina, Escrita feminina de Guerra, Teoria do trauma, Life writing, Ventos do Apocalipse, Paulina Chiziane, A costa dos murmúrios, Eva Lopo.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo comparar e contrastar a maneira imaginada como a protagonista moçambicana Minosse, do romance Ventos do Apocalipse, de Paulina Chiziane, e a portuguesa Eva Lopo, de A costa dos murmúrios, de Lídia Jorge, descrevem a nação moçambicana antes e depois da guerra colonial, e como elas narram o trauma vivenciado na guerra. A hipótese é que a guerra é imaginada por essas mulheres porque o trauma de guerra precisa ser simbolizado para ser processado. Sendo assim, é possível afirmar que escrever sobre o trauma de guerra parece trazer algum tipo de conforto para a mulher afetada pela violência.

 

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Referências

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JORGE, Lídia. A costa dos murmúrios. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Publicado
18-10-2014
Como Citar
de Abreu, D. B. (2014). Os vários tons de uma guerra imaginada: duas visões femininas sobre a guerra colonial de Moçambique. Scripta, 18(35), 183-196. https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2014v18n35p183
Seção
Homenagem a Paulina Chiziane