Epêntese consonantal

  • Leda Bisol PUC RS
Palavras-chave: Epêntese consonantal, Hiato, Restrição, Fidelidade e marcação.

Resumo

O artigo diz respeito ao papel da epêntese  consonantal  no  processo de formação  de palavras. Examinam-se palavras terminadas em sufixos produtivos com fundamentos na teoria da otimidade, depreendendo-se   a gramática básica da derivação com epêntese consonantal e as   implicações  relacionadas à especificidade de sufixos. Evidências justificam a entrada de uma consoante que não está presente na palavra base da derivação nem na forma original do sufixo, motivando este estudo. Explicam-se as exceções que fazem parte da gramática, assim como a binômio, palavra com epêntese  e palavra com hiato,  oriundo da mesma base e finaliza-se com  a  epêntese vocálica que se consonantiza. Neste estudo, emergem como regulares, /z/ e /r/ com preponderância de /z/ que ocorre com todos os sufixos em consideração, enquanto /r/ tem seus limites. 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leda Bisol, PUC RS

Ppossui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1954), mestrado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972) e doutorado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981). Fez estágios no exterior em nível de doutorado na University of Edinburgh, Escócia (1979) e pós-doutorado em Stanford Univerity, Califórnia (1989). Atualmente é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pesquisador nível 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Fonologia, área em que vem desenvolvendo suas pesquisas.

Referências

ANTILLA, A. Morphologically conditioned phonological alternations. Natural Language and Linguistic Theory.. 2, p.1-42, 2002.

ALLEN Jr. J. Portuguese word formation with suffixes. Linguistic Batimore, Linguistic Society of America. Separata de Language, v2, p3-143,1941.

BARBOSA, J. Soares. Gramática Philosóphica da Língua Portuguesa. Lisboa: Typographia da Academia geral de Ciências de Lisboa 6 ed., 1987 (1985).

BLEVINS, J. Consonant Epenthesis: Natural and Unnatural Epenthesis Histories. In: GOOD, J.(ed.), Language universals and Language Change. p.79-107. 2007.

BISOL, Leda. (2010). O diminutivo e suas demandas. São Paulo: DELTA, 26, 1:60-85.

BISOL, Leda. O diminutivo e suas demandas, uma versão revisitada. Revista Virtual de Estudos de Linguagem. 5 ed., p. 80- 95.

CAGLIARI.L.C.; MASSINI CAGLIARI, G. A epêntese Consonantal em

Português e sua interpretação na Teoria da Otimidade. Revista de Estudos Linguísticos. p. 163- 199, 2000.

CAMARA Jr. J. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1970.

CANFIELD, S.S. A Epêntese Consonantal em Português: um estudo

introdutório. Dissertação de Mestrado, PUCRS, Porto Alegre, 2010.

CASTRO PIRES, Caroline. Epêntese consonantal em contexto de juntura morfêmica: considerações sobre o sufixo –ada. 2016. 130 p. Dissertação (Mestrado em Letras). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2016.

CHOMSKY, Noam; HALLE, Morris. The Sound Pattern of English. New York: Harper & Row, 1968.

FOLEY, J. Foundations of theoretical phonology. Cambridge, Cambridge University Press,1977.

HOUAISS, A. Dicionário Eletrônico Houaiss. LP-3.0. Rio de Janeiro. Objetiva Ltda., 2009.

INKELAS,S. The theoretical status of morphologically conditioned phonology: a case study from dominance. In: Booij; Marle (eds). Yearbookf Morphology. Amsterdam. Sringer, p. 121-155, 1998.

INKELAS, S; ZOLL, C. Is grammar dependency real? A comparison between co-phonological indexed phonologically conditioned phonology. Linguistics 45,1, p.123-171, 2007.

KIPARSKY, P. Opacity and Cyclicity. In Nancy A. Ritter (ed). A review of Optimality Theory. Special issue. The Linguistic Review 17 (2-4), 351-67. 2000.

LEITE, Y. Portuguese stress and related rules. PhD dissertation. Austin: University of Texas, 1974.

LOMBARDI, L. Coronal Epenthesis and Markedness. University of Maryland. Working Paper in Linguistic p.1-58, 1997.

MATTOSO CAMARA JR, Joaquim. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis, Vozes. 1970.

McCARTHY. A Thematic Guide to Optimality Theory. Cambridge, Cambridge University, 2002

McCARTHY.J; PRINCE, A. Prosodic Morphology. Constraint Interaction and Satisfaction. MS, University of Massachusetts, Amherst and Rutgers University, 1993.

McCARTHY, John. PRICE, Allan. Prosodic Morphology. In: SPENCER, A. & ZWICKY, A. (eds.). The Handbook of Morphology. Cambridge: Cambridge University Press. 1998, p. 212-219.

McCARTHY, John. PRICE, Allan. Prosodic Morphology. Excerpts. In:

Goldsmith, J. Essential readings in phonology. Oxford: Blackwell, p.102-136, 199, 1986.

MENUZZI S. On the Prosody of the Diminutive Alternation -inho/-zinho in Portuguese. Ms. HIL/University of Leiden, 1993.

PATER, Joe. Morpheme-specific phonology: Constraint indexation and inconsistency resolution. In: Steve Parker (ed.) Phonological Argumentation: Essays on Evidence and Motivation. London: Equinox, 2009.

STERIADE, Donca. The Phonology of Perceptability Effects: the P-map and its consequences for constraint organization. 2000.

TRUBETZKOY, N.S. Principes de Phonologie. Paris. Editions Klincksieck, 1967.

VAUX, Bert. Consonant epenthesis and hypercorrection. Harvard University. LSA, Washington, DC. January 5, 2001.

VAUX, Bert. Consonant epenthesis and hypercorrection. Harvard University. LSA, Washington, DC. January 5, 2001.

VAUX, Bert. Consonantal Epenthesis and the problem of unnatural phonology. In: Citeseer, Yale University Linguistics Colloquium, 2002

Publicado
01-08-2016
Como Citar
BISOL, L. Epêntese consonantal. Scripta, v. 20, n. 38, p. 54-69, 1 ago. 2016.
Seção
Dossiê - Estudos gramaticais: um tema, várias perspectivas teóricas