Scripta https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 1,5; margin: 0cm 0cm 0pt;">SCRIPTA - uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros da PUC Minas, classificada como A3 no QUALIS de sua área "Linguística e Literatura" (<a title="Plataforma Sucupira - CAPES-Brasil" href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf" target="_blank" rel="noopener">Plataforma Sucupira - CAPES-Brasil</a>).<br><strong>Missão:</strong> publicar dossiês contendo artigos científicos e ensaios inéditos e de reconhecida qualidade acadêmica, além de entrevistas de interesse e resenhas de obras recentemente publicadas, produzidos por pesquisadores nacionais e estrangeiros, das áreas de Literaturas de Língua Portuguesa e Linguística.<br><strong>ISSN 1516-4039</strong><br><strong>e-ISSN 2358-3428</strong></p> pt-BR <p>O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:</p> <ul> <li class="show">a inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), e</li> <li class="show">órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.</li> <li class="show">todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença <a title="Creative Commons License" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0" target="_blank" rel="noopener">creative commons</a> do tipo "by-nc-nd/4.0".&nbsp;</li> </ul> scripta.pucminas@gmail.com (Raquel Guimarães) cespuc@pucminas.br (Raquel Guimarães) qui, 05 dez 2024 05:50:05 -0300 OJS 3.1.2.1 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Discurso(s) em análise https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34858 <p>.</p> Daniella Lopes Dias Ignácio Rodrigues , Jane Quintiliano Guimarães Silva , Verli Petri Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34858 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Um certo vocabulário em cena https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33062 <p>O presente artigo se debruça sobre o processo de dicionarização engendrado em “Novas palavras”, projeto da Academia Brasileira de Letras, que atua recortando neologismos de discursividades contemporâneas em circulação na web que irão adentrar o VOLP. O que singulariza tal gesto de captura consiste no fato de que ele traz categorias que não se fazem presentes no VOLP – outro instrumento da ABL –, além de incluir exemplos recortados de textos em circulação com suas respectivas referências. Tendo como base a História das Ideias Linguísticas de ancoragem materialista, analisamos o projeto “Novas Palavras” a partir das categorias de cada verbete, principalmente definição, exemplificação e referenciação. Pretendemos, ao nos debruçarmos sobre o processo de dicionarização engendrado em “Novas palavras”, contribuir para uma reflexão acerca da produção de saberes metalinguísticos na relação com sujeito e sociedade. A fim de ilustrar esse movimento de saberes, lançamos mão de três verbetes recortados da letra A do vocabulário, a saber, aporofobia, afrofuturismo e agrofloresta. O que a análise tem mostrado é um fazer dicionarístico que permite o acesso a discussões polêmicas que o circundam; põe, com efeito, em cena tensões da nossa formação social.</p> Vanise Medeiros , Leatrice Barros Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33062 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Ensaio sobre deslocamentos produzidos pela passagem do “gesto de leitura” à elaboração de um instrumento linguístico https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33238 <p>Este texto apresenta reflexões, de cunho ensaístico, num esforço de retomada dos trabalhos de análise produzidos nos últimos 10 anos tendo como objeto de estudo diferentes “instrumentos linguísticos” (Auroux, 1992), estabelecendo relações com um trabalho recente de elaboração coletiva de um “Vocabulário” temático, produzido durante o período pandêmico, especialmente entre março de 2021 e maio de 2023. Trata-se da elaboração do <em>Vocabulário da Pandemia do Novo Coronavírus</em> que envolveu 26 pesquisadores, filiados a 10 IES brasileiras, e que está publicado no site da UFSM, junto ao Observatório de Informações em Saúde, possibilitando a visibilidade do trabalho de linguistas e analistas de discurso no lugar institucional, tradicionalmente, ocupado por pesquisadores de outras áreas. Os princípios teóricos e metodológicos da Análise de Discurso em suas relações com a História das Ideias Linguísticas nortearam nossas pesquisas e viabilizaram a elaboração de 80 verbetes, via “autoria compartilhada” (Biazus, 2019), o que já pode ser conferido também em publicação de livro impresso com o mesmo título, pela Editora Pedro &amp; João (com financiamento do Edital Universal – CNPq). A reflexão que propomos toca de perto os processos de produção de sentidos sobre as palavras e sobre as práticas sociais em um tempo vivido, sofrido e experimentados, indo além de nossas leituras e análises sobre os “instrumentos linguísticos” disponíveis e propondo “sugestões de definição” (Dotoli, 2012) com a produção de um “artefato de leitura” (Winner, 2017) que contribui com a compreensão dos efeitos de sentidos produzidos por sujeitos em tempos pandêmicos e pós-pandêmicos.</p> Verli Petri Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33238 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 O Vocabulário da pandemia do novo coronavírus e o ressoar de sentidos pandêmicos em tempos sem pandemia https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33012 <p>Neste artigo, a partir do movimento entre a Análise de Discurso e a História das Ideias Linguísticas, objetivamos pensar no modo como no “depois da pandemia” (Dias, 2021) ressoam sentidos pandêmicos. Ou seja, partindo do <em>Vocabulário da pandemia do novo coronavírus </em>nos importa compreender os sentidos que seguem ressoando e instaurando efeitos em nossas práticas, em nossas tomadas de posição-sujeito, constituindo-se como o “resto” – lacuna, vazio de explicação (Gagnebin, 2008) necessário à compreensão do indizível pela linguagem. Orlandi (2009, p. 9) nos ensina que “aquilo que se diz, uma vez dito, vira coisa no mundo: ganha espessura, faz história”. Nessa orientação, assumimos o verbete “felicidade” para refletir sobre a palavra “felicidade”, enquanto esse dito que vira coisa no mundo e em tempos pandêmicos ganham outros contornos, mobilizam outros sentidos, mas só no pós-pandemia, ressoam sentidos pandêmicos pelo que fica como “resto” constitutivo da língua na história, significado no/pelo discurso e marcado na/pela palavra.</p> Heitor Pereira de Lima, Maria Cleci Venturini Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33012 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Trilhas de sentidos sobre infância https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32984 <p>Este estudo, desenvolvido no ano de 2023, intenta compreender como a ideologia trabalha no discurso do Projeto Político Pedagógico de uma Escola Municipal de Educação Infantil localizada no litoral norte do Rio Grande do Sul, trilhando um caminho através do qual seja possível entender o funcionamento dos discursos outros que, desde a observação de deslocamentos, rupturas e/ou conformações, instam a atentar para o trabalho da memória discursiva bem como para as filiações de sentidos a ela. O PPP corresponde ao corpus documental constituído. A materialidade analisada consiste em recorte composto por onze sequências discursivas isoladas. Na Análise do Discurso, referencial teórico-metodológico, o trabalho de leitura considera não apenas o texto, mas também o que está fora do texto e nele se faz presente, o contexto sócio-histórico, recuperando não-ditos e silenciamentos e corroborando para a leitura como prática social e discursiva. A análise permitiu reconhecer uma Formação Discursiva Pedagógica da Criança na qual circulam efeitos de sentidos decorrentes de duas famílias parafrásticas: FP Criança-Projeto e FP Criança-Potência. As posições-sujeito estabelecem litígio entre si, o que possibilita falar em um sujeito dividido por ele mesmo diante dos saberes que circulam na FD com que se filia. Pela constituição da FD, entende-se o que pode e deve ser dito (e também o que não pode nem deve ser dito) sobre “criança” em função da regulação da forma-sujeito que, fragmentada, abre espaço não só para o semelhante, mas também para o diferente, o divergente, o contraditório, resultando em uma formação discursiva heterogênea.</p> Valéria da Silva Silveira Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32984 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 A historicidade dos sintagmas na fala da Secretária Estadual de Educação e o funcionamento da memória discursiva https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32909 <p>Neste artigo procuramos revisitar, na perspectiva teórico-metodológica da Análise Materialista do Discurso, enunciados proferidos pela Secretária Estadual de Educação do Rio Grande do Sul na live “Orientações sobre o encerramento do ano letivo 2022”, compreender a realização do discurso desde sua filiação a redes de memória bem como o funcionamento da memória discursiva a partir do recorte de duas sequências discursivas (SD), identificando a Formação Discursiva (FD) em que as SD estão inscritas e por quais outras FD são atravessadas. Entendemos que o sujeito se constitui pela memória e pelo esquecimento, inscrevendo-se em certa filiação de sentidos, e a memória é reconstruída na enunciação, retornando nos sentidos produzidos pelos sintagmas “educação integral” e “coisa” em determinadas condições de produção. Destacamos, desde o trabalho analítico-discursivo realizado, que a Secretária, assujeitada ideologicamente, está determinada pela Formação Discursiva Pedagógico-Administrativa e parece ter assimilado diretrizes de organização da educação coerentes com o modo de produção capitalista neoliberal. Contudo, a FDPA está em relação com outras FD, reverberando o que foi dito antes, incorporando, mas também mudando o seu sentido uma vez que a memória tanto permite repetição quanto deslocamento de sentidos. Raquel, ao afirmar algo, provavelmente deixa de dizer algo e sentidos são silenciados – o que aponta para uma disputa pelos sentidos acerca da Educação entre um modo que compreende a escola como sendo a de tempo livre para aprender e outro modo que vê na escola a instância de treinamento do estudante para inseri-lo de maneira adaptada às exigências do trabalho.</p> Doris Maria Luzzardi Fiss, Ildo Ronan Vilarinho Júnior Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32909 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 O texto plataformizado https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32803 <p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">E</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">sse </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">artigo</span></span></span> <span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">tem como objetivo refletir sobre a problemática do texto como forma material das novas discursividades produzidas pelas tecnologias digitais. Da perspectiva da Análise de Discurso, a noção de texto é considerada como unidade </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">complexa</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> onde se </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">manifesta</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> o discurso. Nesse sentido, questionamos: como o discurso tem sido enformado pelas ferramentas digitais de textualização, produzindo unidade (imaginária) ao discurso? No meu entender, a reflexão sobre texto, hoje, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">não pode prescindir </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">1. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">da reflexão sobre as ferramentas digitais que </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">utilizamos para </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">produz</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">ir</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> textos</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">já que a</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">plicativos como </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>w</em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><em>hatsapp</em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">, ferramentas de IA, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">plataformas de </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">redes sociais, dentre outras, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">fazem parte da produção de </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">sentidos</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> no nosso cotidiano; </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">e 2. da reflexão sobre a plataformização como </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">condição material de produção e reprodução das textualidades, pelas quais os textos s</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">e constituem, se formulam e</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> circulam. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dito de outro modo, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">é preciso considerar que a</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">s textualidades são </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">determinada</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">s</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> por um processo histórico e tecnológico que é o da plataformização, na conjuntura política e econômica do “capitalismo de plataforma”, conceito criado por Nick Srnicek (2017) “com vistas a descrever e analisar a sociedade que se encontra cada vez mais mediada, operada, organizada pelas tecnologias digitais, pela extração e processamento de informações e dependência de infraestruturas informacionais.” </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">N</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">essas condições de produção, as textualidades contemporâneas </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">dão forma aos sentidos. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">É a partir delas, portanto, que é preciso pensar o texto. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Para tanto, tomarei como objeto de análise textualidades em circulação em diferentes plataformas e ferramentas, buscando compreender como, </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">a partir delas, se produz </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">“contorno material” ao </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">dizer</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">. </span></span></span></p> Cristiane Dias Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32803 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Análise do discurso e ativismo digital https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33152 <p>Neste artigo, buscamos compreender como certos movimentos sociais contemporâneos se apropriam da internet para combater preconceitos, uma vez que a <em>web 2.0</em> possibilita o desenvolvimento do ativismo digital, especialmente sob a forma de práticas discursivas emergentes. Na virada do século XX para o século XXI, entramos em uma nova era, a da <em>Web </em>2.0, cujos avanços tecnológicos desencadearam mudanças nas maneiras de interagir socialmente e de agir sobre o(s) outro(s). Tais mudanças podem ser observadas em diferentes esferas de prática social, a exemplo do ativismo político na era digital e, mais especificamente, do movimento antirracista. Assim, com vistas a analisar de modo mais efetivo essas novas práticas de linguagem, os estudos do discurso têm adaptado os seus dispositivos teórico-metodológicos, propondo novas abordagens e novas categorias de análise, como demonstram os trabalhos de Paveau (2021) e de Maingueneau (2015), entre outros. Com base em noções propostas por esses estudiosos do discurso, bem como em contribuições dos estudos sobre ativismo digital relacionados ao (anti)racismo, visamos analisar algumas estratégias discursivas utilizadas em postagens da página do movimento Alma Preta, com destaque para a sua dimensão multimodal (verbovisual) como uma das características dessa forma de tecnodiscurso. Mais especificamente, analisamos algumas postagens que fazem alusão ao caso do assassinado de George Floyd nos EUA.</p> <p>&nbsp;</p> Paulo Henrique Aguiar Mendes, Benedicto Roberto Alves Carlos Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33152 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 A construção discursiva do humor em textos de standy-up comedy https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33076 <p>Este artigo tem como objetivo a análise de alguns trechos de <em>stand-up</em> comedy produzidos pelo comediante brasileiro Gui preto, tendo por base com a Análise do Discurso Materialista (Pêcheux/Orlandi). A partir da análise dos trechos em circulação na internet, este trabalho busca compreender a maneira como o discurso racista é evocado para produzir humor em textos de <em>stand-up</em> comedy, bem como os efeitos de sentidos que emergem a partir da reprodução - mesmo inconsciente - desse discurso. A chave de leitura dessa pesquisa é a de que, embora o humor dos textos analisados não tenha o intuito de reproduzir sentidos que sustentam o racismo, utiliza-se do discurso racista para construir novos efeitos de sentido, tornando a denúncia, elemento que compõe o corpo de características dessa modalidade de humor, contraditória uma vez que o comediante, na intenção de desconstruir o racismo, se apropria de estereótipos e expressões socialmente marcadas, reforçando construções de sentido de preconceito, segregação e noções de desigualdade racial.</p> Ronaldo Adriano de Freitas, Alberto César Pereira Siqueira Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33076 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Luto https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32444 <p>Este ensaio tem o intuito de apresentar e refletir questões acerca da morte e do luto na quarta idade, buscando compreender os efeitos de sentidos que ressoam em fotografias que tratam sobre a temática publicadas no <em>Instagram,</em>&nbsp;rede social <em>online. </em>Buscar-se-á, como interesse, realçar a materialidade discursiva do corpo no processo sócio-histórico e ideológico de textualização simbólica sobre a morte e seus efeitos de sentir e de sentidos no espaço digital. Essa construção se dará a partir da relação discursiva possível entre a Análise de Discurso pecheutiana e a Psicanálise. Como efeito de fecho, compreendeu-se que, nas materialidades analisadas, a morte, o luto ou o que foi chamado de presença-ausência do objeto perdido, lança efeitos de sentidos que estão constituídos pela exterioridade - historicidade e interdiscurso -, evidenciando o sentido da falta que se discursiviza nos discursos dos sujeitos que ainda vivem. O corpo que não está mais vivo passa a ser representado pela ausência, ou seja, é retomado pela memória afetiva e discursiva, que resiste/existe discursivamente ao ser simbolizado, desse modo, a presença (discurso)-ausência (corpo) aponta para uma dada relação constitutiva dos sujeitos enlutados, o que move o trabalho da memória, colocando em jogo a historicidade e o interdiscurso, ou seja, a exterioridade. Portanto, os efeitos de sentidos indicam que a presença (discurso)-ausência (corpo)&nbsp;significam, o que abre espaço para o trabalho simbólico que funciona na linguagem das materialidades visuais.</p> Rhafaela Rico Bertolino Beriula Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32444 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 "Genocídio” e “pandemia” https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33055 <p>O presente artigo se dispõe a investigar os efeitos e a produção de sentidos no par de verbetes “genocídio” e “pandemia”, retirado do <em>Vocabulário da pandemia do novo coronavírus</em>,&nbsp; buscando entender como esses verbetes estão postos em outros instrumentos linguísticos. Para tanto, mobilizaremos o aparato teórico e metodológico da Análise de Discurso de linha francesa em suas relações com a História das Ideias Linguísticas. O par de palavras selecionado é um recorte da dissertação intitulada “Vocabulário da pandemia do novo coronavírus: uma proposta de análise discursiva sobre a produção e efeitos de sentido das palavras em tempos de emergência sanitária”. Nossa análise busca compreender como se movimentam os sentidos entre a paráfrase e a polissemia, entre o mesmo e diferente, durante as condições de produção pandêmicas.</p> Gabriela Gonçalves Ribeiro Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/33055 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Feminicídio em discussão https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32319 <p>Em 2015 com a aprovação da Lei do Feminicídio no Brasil, o termo passou a fazer parte do Código Penal Brasileiro como uma qualificadora do crime de homicídio. A partir desse momento, a violência brutal cometida contra mulheres passou a ter um nome dentro desse código. Nesse sentido, é importante observar a importância de dar nome, trazer ao exterior o reconhecimento, já que não se trata de um homicídio “comum”, mas sim de um homicídio com motivações machistas e misóginas. Contudo, não deve ser apagado que junto com a nomeação do feminicídio vieram muitos julgamentos morais que energizam práticas machistas. O sistema penal direciona violência contra todos que o manuseiam, ainda que nele estejam buscando proteção. As mulheres devem desconfiar desse sistema, que oferece migalhas, a exemplo do inciso do feminicídio no artigo 121 do Código Penal Brasileiro, com verniz de proteção real às mulheres. Diante disso, a hipótese é de que a entrada do feminicídio como qualificadora no Código Penal conferiu maior visibilidade para esse tipo de violência, mas por outro lado, a vida das mulheres segue sendo exposta e revirada nos tribunais. A metodologia utilizada foi a bibliográfica, buscando desde a conceituação da palavra “Feminicídio”, luta das mulheres, o Feminicídio como nomeação e seus efeitos e o sistema penal em questão. No que se refere ao método, trabalha-se com a análise materialista histórica, considerando o discurso atravessado pelo poder que constrói as relações.</p> <div id="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl" class="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl">&nbsp;</div> <div id="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl" class="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl">&nbsp;</div> <div id="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl" class="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl">&nbsp;</div> Patrícia Cordeiro da Silva, Elaine Pereira Daróz, Dantielli Assumpção Garcia, Taísa Mara Pinheiro Silva Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/32319 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Entrevista: Ana Cláudia Fernandes Ferreira https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34602 <p>Agregando uma extensa e movimentada rede de pesquisadores espalhados pelos mais diversos estabelecimentos de pesquisa e ensino no Brasil e no mundo, a História das Ideias Linguísticas vem, há pelo menos meio século, se dedicando a compreender as condições e a diversidade de formas da produção e circulação de conhecimento sobre a linguagem e as línguas. Na presente entrevista, Ana Cláudia Fernandes Ferreira fala sobre suas contribuições nessa área e do seu percurso formativo nesse campo do conhecimento no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> José de Aquino Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34602 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300 Um percurso para a História das Ideais Discursivas https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34799 <p>.</p> Daniella Lopes Dias Ignácio Rodrigues Copyright (c) 2024 Editora PUC Minas http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/34799 ter, 03 dez 2024 00:00:00 -0300