A ESTREITA RELAÇÃO ENTRE A CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA E O CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS

  • Fernanda Menezes dos Santos
  • Luiza Santos Cury Soares
  • Matheus Felipe Moreira Zenetti
Palavras-chave: Corte Internacional de Justiça, Conselho de Segurança, Organização das Nações Unidas, Caso Estreito de Corfu

Resumo

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão jurisdicional da Organização das Nações Unidas, ao passo que o Conselho de Segurança (CSNU) é o órgão permanente da organização, com a função de manutenção da paz e da segurança internacional. Ambos representam os órgãos mais importantes e prestigiados da instituição, de modo que sua relação e comunicação é extremamente relevante e definida pela própria Carta das Nações Unidas e pelo Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Nesse sentido, faz-se necessário compreender como essa relação se dá, de maneira que o objetivo do presente artigo é analisar a estreita relação entre a CIJ e o CSNU, o que se faz a partir das regras definidas pelas citadas normas internacionais, além de casos concretos que envolvam tais órgãos. Como referencial teórico, utiliza-se a doutrina dos mais renomados juristas e estudiosos das Relações Internacionais, os quais trabalham com os conceitos necessários para se compreender o papel prestado por tais órgãos e suas principais regras procedimentais e de funcionamento. Ressalta-se, como exemplo, a utilização da doutrina de Augusto Cançado Trindade e Malcolm Shaw. A metodologia utilizada parte do modelo jurídico-compreensivo, com análise de dados primários, como normas internacionais, e dados secundários, como a doutrina. Tem-se, com isso, que o presente artigo demonstra-se como demasiado pertinente para o campo do Direito Internacional, uma vez que diz respeito à comunicação e relação entre os dois principais órgãos do sistema internacional, a partir das quais é possível verificar a evolução do Direito Internacional e os mecanismos dispostos pelas Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança internacional. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS. Resolution of 9 April 1947. Nova York, 1947. Disponível em: https://documents-dds-ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/NR0/042/18/PDF/NR004218.pdf?OpenElement. Acesso em 10 de jul. 2021.

CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA. Cofu Channel Case. Haia, 9 de abr. 1949. Disponível em: https://www.icj-cij.org/public/files/case-related/1/001-19490409-JUD-01-00-EN.pdf. Acesso em 10 de jul. 2021.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica: teoria e prática. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.

LIMA, Lucas Carlos. As decisões da Corte Internacional de Justiça como elemento de desenvolvimento do Direito Internacional. In: DAL RI Júnior, Arno; MOURA, Aline Beltrame de. (Org.). Jurisdição Internacional: Interação, Fragmentação, Obrigatoriedade. Ijuí: Unijuí, 2014, p. 317-348.

LIMA, Lucas Carlos; PALCHETTI, Paolo. Os 70 anos da Corte Internacional de Justiça: retrospecto e perspectivas futuras do principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. In: JUBILUT, Liliana Lyra; SILVA, João Carlos Jarochinski; RAMINA, Larissa. A ONU aos 70: contribuições, desafios e perspectivas. Boa Vista: Editora da UFRR, 2016.

KARNS, Margaret P.; MINGST, Karen A. International organizations: the politics and processes of global governance. 2. ed. Colorado: Lynne Rienner Publishers, 2010.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Carta das Nações Unidas, 1945. Disponível em: https://www.un.org/en/about-us/un-charter. Acesso em 27 de jun. 2021.

PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 13. ed. rev., atual. e ampl. Belo Horizonte: JusPodivm, 2021.

SHAW, Malcolm N. International law. 8. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.

TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Os tribunais internacionais contemporâneos. Brasília: FUNAG, 2013.
Publicado
13-08-2021
Como Citar
SANTOS, F. M. DOS; SOARES, L. S. C.; ZENETTI, M. F. M. A ESTREITA RELAÇÃO ENTRE A CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA E O CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS. Virtuajus, v. 6, n. 10, p. 95-107, 13 ago. 2021.