A MODERNIDADE EXCLUDENTE QUE CONCEBEU E MODELOU BELO HORIZONTE
Resumo
A presente pesquisa se propôs a investigar as permanências coloniais monárquicas no período republicano, em paralelo com a apropriação da Modernidade pela elite belo-horizontina, sendo o próprio regime político uma de suas expressões. Para tal fim, foram analisados o Censo de 1872 da Freguesia de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral Del Rey e o Censo de 1940 de Belo Horizonte, à luz de autores como Júlia Calvo (2013), Marcelo Cedro e Lucília de Almeida Neves Delgado (2006) e Lorene dos Santos (2018), dentre outros. O pensamento moderno chega ao Brasil atrelado às concepções republicanas, no final do século XIX, rechaçando aparentemente a Monarquia e tudo relacionado a ela. O regime monárquico já em decadência por uma combinação de fatores é suplantado por um golpe que instaurou a República, encabeçado pela elite militar e apoiado pela elite cafeicultora emergente. Nessa transição de regime político que coincidiu com a transição do século XIX para o século XX, Belo Horizonte, vista como o símbolo do progresso republicano é construída sobre as ruínas do antigo Curral Del Rey, visto como símbolo do arcaico passado colonial e monárquico do país. Porém, o passado monárquico e colonial, outrora tão combatido, continuou e continua sendo reproduzido na manutenção dos privilégios e na injustiça social na cidade.
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