Drogas: paradoxos no campo do trabalho

Autores

  • Daniela Tonizza de Almeida
  • Thaísa Vilela Fonseca Amaral

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2017v23n1p374-386

Resumo

Tomando como ponto de partida o debate conceitual sobre o termo drogas e seu uso na contemporaneidade, pretende-se compreender, no trabalho em tela, como os efeitos deletérios das políticas neoliberais no mundo do trabalho incidem sobre os sujeitos envolvidos no tráfico de drogas, no varejo e no consumo abusivo de psicoativos considerados ilícitos. Para tanto, problematizam-se as práticas discursivas em torno das drogas e seus efeitos na produção de uma corporalidade específica, de um tipo social que será alvo de rejeição. Considera-se que a droga, enquanto mercadoria e enquanto dispositivo de controle social, institui um campo de disputa política, em que a vida, apreendida como precária, não é reconhecida. Essa estratégia atende aos interesses econômicos de determinados grupos sociais que lucram com o encarceramento da população marginalizada e com a medicalização da vida. Tais discussões apontam para a urgente superação da falaciosa guerra às drogas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela Tonizza de Almeida

Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Thaísa Vilela Fonseca Amaral

Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais

Downloads

Publicado

2017-12-12