O trabalho de empregada doméstica e seus impactos na subjetividade

Autores

  • Christiane Leolina Lara Silva
  • José Newton Garcia de Araújo
  • Maria Ignez Costa Moreira
  • Vanessa Andrade Barros

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2017v23n1p454-470

Resumo

Este artigo apresenta o contexto histórico do surgimento da categoria da empregada doméstica, seu perfil sociodemográfico e as leis que regulamentam essa ocupação, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa basicamente qualitativa, que partiu dos estudos de Le Guillant, relativos à “condição de empregada doméstica”. O levantamento de dados baseou-se em entrevistas semiestruturadas com oito empregadas domésticas residentes em Belo Horizonte. Apesar das lutas da categoria e dos avanços legais que regulamentaram a profissão, com a Lei Complementar nº 150/2015, constatou-se que o trabalho doméstico ainda é fonte de ressentimentos e humilhações. Os depoimentos das participantes evidenciam os impactos negativos sobre sua subjetividade, já que a profissão é ainda objeto de estigmatização e discriminação, por parte dos empregadores e da sociedade.

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Biografia do Autor

José Newton Garcia de Araújo

Graduado em Psicologia (UFMG), mestre em Filosofia (UFMG), Doutor em Psicologia Clínica e Social (Universidade de Paris 7), professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia (PUC Minas), é pesquisador do CNPq.

Maria Ignez Costa Moreira

Psicóloga, doutora em Psicologia Social (PUC-SP), professora da Faculdade de Psicologia da PUC Minas e do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Membro do GT ANPEPP Psicologia Sócio-histórica e o contexto brasileiro de desigualdade social.

Vanessa Andrade Barros

Graduada em Psicologia e mestre em Administração (UFMG), doutora em Sociologia pela Université de Paris 7 com pós-doutorado no CNAM/Paris. Professora associada do dept. de Psicologia  da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Coordena o Laboratório de Estudos sobre Trabalho, Cárcere e Direitos Humanos. É membro fundador do Instituto DH: promoção, pesquisa e intervenção é em direitos Humanos e Cidadania. É pesquisadora do CNPq.

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Publicado

2017-12-12