Delírio a Bico de Pena

Autores

  • Fernando Scheibe UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2018v24n1p283-290

Resumo

Com base em um enunciado de Michel Foucault (“A possibilidade de falar e a possibilidade de ser louco são contemporâneas”), este artigo investiga as relações entre linguagem, loucura e literatura, dialogando com autores como Clarice Lispector, Machado de Assis, Gilles Deleuze, D. H. Lawrence, Peter Stoterdjik, Michel Leiris, Jorge Luis Borges, Roland Barthes e Georges Bataille. Se a língua “é simplesmente fascista”, se somos falados por ela, o delírio é inevitável e somente nos resta modulá-lo. O delírio a bico de pena é um delírio menor e, ao mesmo tempo, “histórico mundial”, desenha a criança (o ser) em seu impuro devir, não busca fixá-la(o) nem impor limites. Esgarça a linguagem, constitui aquilo que Foucault, numa conversa com Duccio Trombadori, nomeava uma experiência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernando Scheibe, UFSC

Doutor em teoria literária pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e tradutor. Traduziu, entre outros autores, Michel Foucault, Arlette Farge, Raymond Roussel, Stéphane Mallarmé, Catherine Malabou, Moebius, Georges Didi-Huberman, Alain Badiou, Marcel Detienne e, sobretudo, Georges Bataille.

Downloads

Publicado

2018-12-21

Edição

Seção

Dossiê Foucault