Notas acerca da dimensão fálica do gozo na homossexualidade masculina

Autores

  • Luis Flávio Silva Couto
  • Guilherme Pimentel Jordão Médico psiquiatra, possui mestrado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2018). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicanálise, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise e saúde mental. Atualmente trabalha como psiquiatra na Prefeitura Municipal de Campinas –SP.

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2018v24n1p263-282

Resumo

Sendo fálica toda lógica sexual, é mister verificar a exclusão do Outro gozo, dito feminino, ao que não resta, sob o discurso sexual, possibilidade de relação, dado o privilégio do Mesmo. O amor homossexual, não obstante, insiste, vinculando, no sexo masculino, mãe e criança, por meio da eleição de objeto narcísica, que projeta o ideal materno sobre o parceiro, enquanto subverte a lógica das identificações. Com o intuito de situar o papel do falo no interior da dinâmica homossexual de relação, orienta-se este artigo, por meio da revisão da teoria freudo-lacaniana sobre o tema, para o estudo do caso de Jean Genet. Genet descreve, em seu Diário de um ladrão, um funcionamento que ilustra o mecanismo da inversão, que parte do tema do amor do próprio rival e avança pelo rebaixamento da insígnia fálica à condição de fetiche, desvelando a particularidade da arquitetura do estilo homossexual de desejar.

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Publicado

2018-12-21

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos