Atividade física como adjunto terapêutico para pacientes psiquiátricos com adoecimento mental severo: revisão da literatura

Autores

  • Maria Cristina Zago Centro de Assistência e Formação à Saúde (CEFAS). Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA).
  • Bruneide Menegazzo Padilha Centro de Formação e Assistência à Saúde (CEFAS). Membro da Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA). Supervisora Institucional da rede de Saúde Pública do Município de Campinas (SP).

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2017v23n2p609-625

Palavras-chave:

Saúde Mental, Atividade Física, Terapia, Transtornos Mentais.

Resumo

Existe a carência de esclarecimentos mais precisos sobre as repercussões psíquicas da prática de atividade física (AF) nos serviços de saúde mental para pessoas com adoecimento mental severo (severe mental illness; SMI). O objetivo desta revisão foi investigar a AF como adjunto terapêutico para pacientes com SMI. Foram usadas as bases de dados EBSCOHost, PsycInfo, SportDiscus, Medline, PsyArticles. Estudos qualitativos e quantitativos publicados entre 2000 e 2014 foram inclusos e também literatura anterior considerada relevante. As investigações relatam que a AF pode contribuir para a melhora de humor, estado de alerta, concentração, padrões de sono e sintomas psicóticos; aliviar sintomas secundários como baixa autoestima e retraimento social. Há evidência também de benefícios psicológicos da AF em pacientes depressivos. Os pacientes veem a AF positivamente e gostariam de ser ativos e melhorar a saúde mental. Barreiras identificadas pelos pacientes foram: impacto do adoecimento e efeitos de medicação, fadiga, ganho de peso por medicação, medo de discriminação e questões relativas à segurança e falta de suporte profissional. O contexto grupal aparece como um ambiente favorecedor da prática de AF. A literatura considera a AF como uma intervenção que pode ser útil para a promoção da saúde mental e bem-estar, portanto uma estratégia em reabilitação psicossocial para pessoas com SMI. As conclusões dos estudos se restringem a um âmbito descritivo, são limitadas, carecem de uma metodologia de pesquisa precisa em alguns casos, revelando a necessidade de novos estudos.

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Biografia do Autor

Maria Cristina Zago, Centro de Assistência e Formação à Saúde (CEFAS). Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA).

Mestre e Doutora em Psicologia – Pontifícia Universidade Católica de Campinas . Psicóloga; Grupanalista. Presidente da Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA).Docente do Centro de Formação e Assistência à Saúde (CEFAS).

Bruneide Menegazzo Padilha, Centro de Formação e Assistência à Saúde (CEFAS). Membro da Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA). Supervisora Institucional da rede de Saúde Pública do Município de Campinas (SP).

Mestre e Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Psicanalista. Supervisora da rede de Saúde Pública do Município de Campinas (SP). Docente do Centro de Formação e Assistência à Saúde (CEFAS). Membro da diretoria da Ong: Saúde Mental do Brasil (SAMBRA).

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Publicado

2018-08-11

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos