Depois do Holocausto: efeitos colaterais do Hospital Colônia em Barbacena

Autores

  • Fuad Kyrillos Neto UEMG
  • Christian Ingo Lenz Dunker IPUSP

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2017v23n3p952-974

Palavras-chave:

institucionalização, psiquiatria, psicanálise

Resumo

Este trabalho objetiva abordar os resquícios das práticas manicomiais executadas num grande hospital psiquiátrico e sua repetição nos serviços de saúde mental de Barbacena. Nessa instituição hospitalar, pessoas internadas involuntariamente, sem diagnóstico de doença mental foram violentadas e mortas com a conivência do Estado. Procedeu-se a um breve percurso histórico e crítico sobre a criação desse hospital e entrevistas com profissionais que nele trabalham e que participam da implantação das políticas públicas de atenção a saúde mental no município. A psicanálise será utilizada nesta investigação, como forma de abordar a violência política e social em seus efeitos traumáticos e continuados até a atualidade. O conceito de compulsão à repetição auxiliará na compreensão da manifestação de práticas e discursos ligados à cultura manicomial. Tais práticas se automatizam nesses profissionais que sofrem os efeitos das passagens inconscientes da história relegadas ao esquecimento por jogos de conveniência não explicitados.

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Biografia do Autor

Fuad Kyrillos Neto, UEMG

Doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), integrante do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da Universidade de São Paulo (LATESFIP/USP). Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

Christian Ingo Lenz Dunker, IPUSP

Psicanalista, professor livre docente do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP).

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos