O diagnóstico da linguagem e a linguagem do diagnóstico: uma perspectiva pragmática

Autores

  • Alexandre Vieira Brito
  • Luciana Vieira Caliman Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2017v23n3p994-1011

Palavras-chave:

Linguagem, Diagnóstico, Pragmática

Resumo

      A teoria dos atos de fala, de John Austin, apresenta a linguagem a partir de uma perspectiva pragmática, ou seja, quando os signos têm um compromisso com a produção de realidades. Seguindo esta direção analítica, neste artigo articulamos a linguagem-ato e as classificações. Argumenta-se que uma classificação não é mera descrição dos fatos, é produto e produtora de realidades. Dentre as possíveis formas de classificação, abordamos o diagnóstico psiquiátrico como um caso particular na teoria dos atos de fala. Elaboramos um conceito denominado de ato diagnóstico, no qual conjugamos a força da linguagem-ato e do diagnóstico médico a partir de suas implicações políticas no campo social, na produção de sujeitos. Conclui-se que o diagnóstico psiquiátrico produz realidades a partir das mesmas propriedades dos atos de fala. Ao produzir sujeitos, os diagnósticos possuem efeitos existenciais, políticos e sociais que só podendo ser analisados no encontro singular entre diagnósticos e sujeitos diagnosticados.

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Biografia do Autor

Alexandre Vieira Brito

Psicólogo e Mestre em Psicologia Institucional pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Luciana Vieira Caliman, Universidade Federal do Espírito Santo

Profª. adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e do Programa de Pós-Graduação em psicologia Institucional da UFES.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Artigos / Articles / Artículos